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Capital

Sobe para 8 as suspeitas de febre maculosa em Campo Grande

Quantidade dobrou em relação ao informado na semana passada pela Sesau

Cassia Modena | 03/07/2023 11:30
Carrapato-estrela, que transmite a doença (Foto: Divulgação/Ministério da Saúde)
Carrapato-estrela, que transmite a doença (Foto: Divulgação/Ministério da Saúde)

São oito os casos suspeitos de febre maculosa em Campo Grande que, até esta segunda-feira (3), estão em investigação pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). O número dobrou em comparação ao informado há pouco menos de uma semana pela pasta, na última terça-feira (27).

Em atualização feita em nota, a secretaria detalhou que todos estão em tratamento domiciliar e têm histórico de contato com carrapatos, mas não necessariamente o carrapato-estrela, que transmite a doença.

Até 27 de junho, as quatro pessoas eram um bebê de 1 ano; uma mulher de 63 anos; e dois homens de 29 e 61 anos. A Sesau não prestou informações sobre o perfil dos quatro novos casos suspeitos.

Primeiras suspeitas - A pessoa com o primeiro caso suspeito de febre maculosa notificado em Campo Grande foi o bebê de 1 ano, em 17 de junho. Ele recebeu alta de um hospital particular da Capital em 24 de junho, está bem e não tem mais sintomas suspeitos da doença.

Uma nova amostra de sangue da criança será coletada nesta segunda e enviada ao Instituto Adolfo Lutz, que fica no Estado de São Paulo e é referência para o teste no país. Quando o resultado sair, será possível atestar se ele foi infectado ou não pela doença.

O segundo caso é da mulher de 63 anos, que reside em Mato Grosso. Ela visitava familiares em Campo Grande e, ao ter sintomas suspeitos, procurou um hospital particular em 21 de junho.

Já os dois homens viajaram para o interior do Estado e estiveram em zona de mata. O de 29 anos teve passagem por um hospital particular e o outro foi atendido no CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes.

O estado de saúde dos adultos não foi divulgado pela Sesau. A pasta informou somente que acompanha os casos.

Testes - Duas amostras são necessárias para realizar o exame diagnóstico da doença, com intervalo de 14 e 21 dias após a notificação. Todos os exames de casos suspeitos na Capital são feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, informou ainda a Secretaria de Saúde.

O último caso confirmado em Campo Grande foi registrado em 2018.

Febre maculosa - É uma doença infecciosa, de gravidade variável e que pode levar à morte. Ela é causada por uma bactéria transmitida pela picada do carrapato-estrela, mais incidente em áreas rurais.

Os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e/ou dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, paralisia dos membros que inicia nas pernas e chega até os pulmões podendo causar parada respiratória. Também podem aparecer manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

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