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Interior

Secretaria de Saúde investiga dois casos suspeitos de febre maculosa

Pacientes com sintomas da doença são um garoto de dois anos e mulher de 23, que estão em tratamento

Helio de Freitas, de Dourados | 26/06/2023 11:04
Espécie de carrapato que transmite febre maculosa (Foto: Divulgação)
Espécie de carrapato que transmite febre maculosa (Foto: Divulgação)

Dois casos suspeitos de febre maculosa estão sendo monitorados pela Secretaria de Saúde em Dourados, a 251 km de Campo Grande. Uma mulher de 23 anos e um menino, com idade inferior a 3 anos, apresentam sintomas da doença e estão em tratamento domiciliar.

Em nota técnica divulgada nesta segunda-feira (26), a Vigilância Epidemiológica informou que as duas pessoas moram na área urbana da cidade, não são da mesma família e estão sendo monitorados pelas equipes de atenção primária.

“Foram feitos todos os protocolos iniciais de atendimento indicados pelo Ministério da Saúde, como notificação, coleta de sangue e receituário. Apenas a criança ficou dois dias internada na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] por causa do medicamento endovenoso e já está bem”, explicou Emerson Eduardo Correa, gerente da Vigilância Epidemiológica.

Conforme o órgão municipal, em Mato Grosso do Sul, o último caso confirmado foi em 2018, mesmo ano em que Dourados teve dois casos notificados, mas os dois deram negativo.

A nota técnica da Vigilância Epidemiológica informa que a febre maculosa é doença infecciosa causada por bactéria do gênero Rickettsia e transmitida pela picada de carrapato infectado, principalmente pelo “carrapato estrela”. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa.

Como a chance de contato com o carrapato é maior devido à proximidade com animais silvestres, a Vigilância Epidemiológica orienta a manter distância segura dos bichos, principalmente em parques públicos. Dourados tem três parques ambientais onde há animais silvestres, principalmente capivaras – Parque Arnulpho Fioravante, Parque Antenor Martins e Parque Rego D’Água.

A nota também traz orientações para visitas em áreas de mata, fazendas, trilhas ecológicas ou de vegetação alta. O Ministério da Saúde indica que, ao visitar uma dessas regiões de maior risco, a pessoa deve utilizar roupas claras para ajudar a identificar mais rapidamente o carrapato.

Também é importante usar calças e blusas com mangas compridas e utilizar botas. Se possível, deve-se prender a barra da calça à meia com fita adesiva. Outra medida importante é evitar carrapatos nos animais de estimação.

Os principais sintomas da doença são febre, dor pelo corpo, dor de cabeça e manchas avermelhadas, quadro muito parecido com os sintomas de dengue e de leptospirose. “Por isso, é importante que, ao chegar a uma unidade de saúde, o profissional seja informado de que a pessoa esteve em região de risco para a doença ou com incidência de carrapatos”, informa a Vigilância.

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