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Capital

Sobrado onde mulher foi estuprada abriga pelo menos 12 "sem-teto"

Casa está entre bens de inventário e foi "cedida" pelo dono para pessoas em situação de rua, segundo vizinha

Por Bruna Marques e Ana Beatriz Rodrigues | 25/02/2024 11:19
Sobrado onde mulher foi estuprada abriga pelo menos 12 "sem-teto"
Sobrado onde grávida foi estuprada abriga pelo menos 12 pessoas em situação de rua (Foto: Paulo Francis)

Sobrado localizado na Rua Professor Severino Ramos de Queiroz, onde grávida de 36 anos foi estuprada, na madrugada de sábado (24), abriga pelo menos 12 pessoas sem-teto. A casa está em processo de inventário e foi cedida pelo proprietário para que moradores em situação de rua possam viver, segundo uma vizinha imóvel.

Ana Cristina Candelário Mendes, 49 anos, diz ser a responsável por cuidar do sobrado e explica que a maioria das pessoas que moram ali, vieram de fora do Estado e muitos deles, são usuários de droga e fazem uso constante de álcool. “O dono é de Cuiabá, ele vem só as vezes olhar como está. Ele deixou as pessoas morarem aqui, mas com a condição de que seria mantido limpo e não pode ter confusão, para não chamar a atenção da polícia”, explicou.

Morando há quatro anos ao lado do sobrado, ela disse que o imóvel funciona como “moradia temporária” e apesar do grande movimento de pessoas no local, todo mundo que frequenta é “bem tranquilo”.

Questionada sobre a mulher grávida que foi estuprada, a mulher contou que soube da história através dos outros moradores do imóvel, mas que ouviu barulho de gente pulando o muro, por volta das 3h de sábado. “Não ouvi grito e pedido de socorro. Os outros meninos que moram aí me contaram que quando eles acordaram de manhã, a menina estava pelada. Saiu e perguntou onde ficava o Centro”, relatou.

Ana Cristina disse ainda que, tempos depois, a vítima retornou ao local, mas que estava dentro da viatura da Polícia Militar. “Não sei se foi na delegacia ou se pediu ajuda para a polícia na rua”, disse.

A moradora ainda expôs que o homem de 29 anos, suspeito pelo crime, veio de São Paulo e que morava no local a menos de uma semana. “O outro que está envolvido só conhecem pelo nome de Robert. Não morava na casa e falaram que ele não veio com o homem e a mulher”, afirmou.

Para concluir, Ana Cristina falou que no sábado, uma equipe da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), esteve no local.

Estupro – A vítima que conforme boletim de ocorrência, vive em situação de rua, foi estuprada e ameaçada por dois homens armados com canivete, na noite de sexta-feira (23), na região central de Campo Grande. O caso só foi registrado neste sábado, após a vítima conseguir fugir da casa para onde foi levada pelos suspeitos.

Conforme relatado pela vítima, na noite de sexta-feira, por volta das 20h, ela estava em frente a Praça Ary Coelho, no Centro da Capital, momento em que foi abordada por dois homens, armados com canivete, que anunciariam um assalto e pegaram seu celular. Sob ameaça, a mulher foi levada para o imóvel na Severino de Queiroz e no local, passou a ser estuprada pelos suspeitos.

Segundo a mulher, quando chegaram na casa, os suspeitos a mandaram pular o muro. A vítima revelou que estava grávida e não ia conseguir, o suspeito insistiu dizendo “pula se não te furo”. Dentro da residência, o homem mandou que ela deitasse e abrisse as pernas.

Apavorada, a moça pediu para que ele não a machucasse e que usasse preservativo. O homem concordou e passou a ter relação sexual com a mulher. Na sequência, ele chamou seu comparsa, que sem usar camisinha também passou a estuprá-la.

A vítima dormiu e só no sábado de manhã, em um momento de distração do suspeito, conseguiu correr e pedir ajuda na rua. Ela estava pelada e foi socorrida por uma mulher que acionou a Polícia Militar.

Uma equipe da polícia foi até a casa onde o crime ocorreu e encontrou um dos suspeitos, 29 anos, no local. Questionado sobre os fatos, o homem disse que encontrou a vítima na rua e que ela pediu para dormir em sua casa. No local passaram a beber e que ela a chamou para fazer sexo e que a relação foi consentida.

Os dois foram encaminhados até a Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher). O segundo suspeito não foi localizado até o momento.

A vítima está grávida de 2 meses. Ela foi socorrida até o UPA (Unidade de Pronto Atendimento Comunitário) Vila Almeida, com arranhões no peito e braço. Além disso, reclamava de dores nas partes íntimas.

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