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Capital

Sobrinha acha que paciente saiu de hospital e andou 14 km até ser atropelado

Joaquim Alves Cordeiro, de 60 anos, era agricultor e morava no assentamento Santa Mônica, em Terenos

Por Ana Beatriz Rodrigues | 21/11/2024 11:52
No local onde Joaquim morreu, ficaram marcas de sangue espalhadas pela BR- 060 (Foto: Marcos Maluf)
No local onde Joaquim morreu, ficaram marcas de sangue espalhadas pela BR- 060 (Foto: Marcos Maluf)

A família de Joaquim Alves Cordeiro, de 60 anos, ainda tenta entender ao certo o que aconteceu com ele, mas, para a sobrinha, o agricultor caminhou 14 km, percurso da Santa Casa até o local onde morreu atropelado. O acidente aconteceu na noite de ontem (20) na BR-060 em Campo Grande.

Ao Campo Grande News, Ana Paula Cordeiro, de 35 anos, contou que o tio havia caído ontem no período da manhã, após ter uma queda de pressão. A família levou o agricultor até o hospital de Terenos, já que eles vivem no assentamento Santa Mônica.

“Ele teve um ferimento no rosto por conta da queda, por precaução o médico mandou ele para Santa Casa, para saber se era grave a lesão. Ele foi com ambulância de Terenos e me falaram que iriam avisar quando ele tivesse alta, o que não aconteceu”, contou Ana Paula

Ana disse que ligou no hospital por volta das 14h30 pedindo informações sobre o tio, mas informaram que não poderiam passar informações por telefone, somente pessoalmente.

“Quando eu consegui chegar na Santa Casa já eram 17h e me falaram que ele havia tido alta, perguntei se ele foi embora com ambulância e ninguém me disse nada. Ficamos sabendo da morte porque uma vizinha comentou que havia visto na mídia”, contou indignada. “Eu não sei como ele foi embora, não tem ônibus que vai até a BR, então acredito que ele foi andando”, finalizou.

A família está organizando o velório e o sepultamento do agricultor, que deve acontecer nas próximas horas.

Procurada pelo Campo Grande News, a Santa Casa informou que Joaquim deu entrada às 11h37 e recebeu alta no mesmo dia, às 15h05.

Entenda - Conforme boletim de ocorrência, a vítima atravessava a pista quando acabou atropelada por um veículo. Entretanto, o modelo do automóvel não está especificado no registro.

Durante análise no corpo, não foi encontrado com o homem nenhum documento pessoal. Porém, ele utilizava uma pulseira de hospital, que continha nome e data de nascimento, usada para identificá-lo.

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