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Capital

STF nega pedido para cancelar júri e mantém condenação de PRF

Ricardo Moon terá que cumprir 23 anos de prisão pela morte de empresário Adriano Correia do Nascimento, em dezembro de 2016

Geisy Garnes e Marta Ferreira | 10/12/2019 19:13
Ricardo Moon durante julgamento em maio deste ano (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)
Ricardo Moon durante julgamento em maio deste ano (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)

A primeira turma do STF (Supremo Tribunal Federal) manteve a condenação de 23 anos e quatro meses de prisão para o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Sun Moon, pela morte do empresário Adriano Correia do Nascimento e duas tentativas de homicídio, em incidentes ocorridos em uma briga de trânsito em 31 de dezembro de 2016.

A condenação pelo tribunal do júri de Campo Grande aconteceu 30 de maio deste ano. Meses depois, a defesa de Moon recorreu ao Supremo na tentativa de anular o julgamento. Segundo os defensores, a decisão dos jurados – que por 5 votos a 2 optaram pelas condenações – “foi manifestamente contrária à prova dos autos”.

Nesta terça-feira (10), a primeira turma do STF, seguiu o voto do relator e por unanimidade negou o pedido da defesa. Com isso, o policial rodoviário federal deve começar a cumprir de fato a pena de 23 anos e quatro meses, em regime fechado.

Decisão – O julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri condenou Moon pelo assassinato de Adriano Correia do Nascimento e pelas tentativas de homicídios contra Vinícius Cauã Ortiz Simões e Agnaldo Espinosa da Silva, em uma briga de trânsito.

O crime ocorreu na manhã de 31 de dezembro de 2016, no cruzamento da Avenida Ernesto Geisel com a Rua 26 de Agosto. Moon seguia em uma Mitsubishi Pajero, enquanto os demais estavam em uma Toyota Hilux. Vinicius e Agnaldo alegaram que a caminhonete foi fechada pelo carro do policial, que ainda xingou Adriano – este pediu desculpas por três vezes antes de ser morto a tiros.

Moon, por sua vez, afirma que estava parado no semáforo, quando o empresário trocou de pista e parou bruscamente atrás de seu carro. Temendo se tratar de um assalto ou execução, ele desceu e abordou os ocupantes, e teria disparado apenas quando percebeu que Adriano ligou o carro e estava prestes a deixar o local.

O primeiro julgamento do caso ocorreria em 11 de abril, mas acabou cancelado após um dos jurados sofrer crise de hipertensão.

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