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Capital

Suspeito de matar cunhado em festa de família se apresenta e confessa crime

Na delegacia, rapaz confessou ter desferido facada no pescoço do cunhado; Ele foi interrogado e liberado

Dayene Paz e Ana Beatriz Rodrigues | 05/01/2022 14:48
Marcas de sangue no local onde ocorreu o crime. (Foto: Paulo Francis)
Marcas de sangue no local onde ocorreu o crime. (Foto: Paulo Francis)

Três dias após ter matado o cunhado, Adriano de Oliveira da Silva, de 32 anos, se apresentou na delegacia de Polícia Civil de São Gabriel do Oeste, município a 137 quilômetros de Campo Grande, confessando o crime que ocorreu na madrugada de domingo, dia 2 de janeiro, na Rua Padre Antônio Franco, no Bairro Nova Lima, na Capital.

Nesta quarta-feira (05), para o delegado Fábio Magalhães, Adriano contou que preferiu se apresentar na delegacia de São Gabriel por ter amigos e familiares na cidade. "Chegou hoje cedo e disse que tinha cometido um homicídio em Campo Grande. Entrei em contato com o delegado da 2ªDP da Capital, que está com o caso, e fiz o interrogatório dele por aqui", explicou.

Adriano alegou que desferiu a facada em Helton Jhon Monteiro do Nascimento, de 29 anos, para defender a irmã, que estava sendo agredida. "Falou que estavam em uma festa de família e o cunhado teria agredido a irmã dele, então agiu para defendê-la e acabou acertando uma facada no pescoço do cunhado", disse Fábio.

Ainda de acordo com a versão apresentada pelo o autor, a faca utilizada para golpear o cunhado foi jogada em uma boca de lobo a duas quadras do local do crime. Mesmo confessando o homicídio, como não estava em situação de flagrante e não havia mandado de prisão contra Adriano, ele foi ouvido e liberado.

Outra versão - Adriele de Oliveira da Silva, de 28 anos, contou ao Campo Grande News que na noite do crime não houve discussão entre ela e o marido. A jovem afirma que o irmão entendeu errado e foi para cima da vítima por estar embriagado.

Conforme Adriele, o fato ocorreu quando os dois se preparavam para ir embora da festa, que acontecia na casa de uma prima, no bairro Nova Lima. “Não é nada disso que estão dizendo, nós não estávamos brigando. Eu o chamei para ir embora, mas ele não queria, e resolvi ir mesmo assim. Porém, ele acabou por decidir me acompanhar. Quando eu estava colocando meu filho no carro, ele brincou comigo e meu irmão, bêbado, achou que estávamos brigando, pegou a faca e partiu pra cima dele”, relatou.

Helton tinha dois filhos com ela, uma menina de 9 anos e um bebê, de 7 meses. Helton morreu com um corte no pescoço, caído em frente a residência onde o fato ocorreu.

Adriele reclamou da demora no atendimento. “Quando aconteceu o fato, meu marido ficou acordado, mas estava sangrando muito. O socorro demorou para chegar ao local e ele acabou morrendo. Se ele tivesse sido socorrido mais rápido, poderia estar vivo”, lamentou a esposa.

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