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Capital

Suspensão de coleta de lixo hospitalar é debatida em reunião

Entre as medidas que podem ser tomadas pelos proprietários de clínicas e hospitais é a de entrar com mandado de segurança para reverter decisão

Nyelder Rodrigues | 19/11/2012 21:16
Na direita, Mara Caseiro e Lauro Davi, ouviram as reivindicações dos representantes das unidades de saúde da Capital (Foto: Divulgação)
Na direita, Mara Caseiro e Lauro Davi, ouviram as reivindicações dos representantes das unidades de saúde da Capital (Foto: Divulgação)

Membros da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e representantes de clínicas e hospitais de Campo Grande se reuniram nesta segunda-feira (19) para discutir questões relativas a coleta de lixo hospitalar.

O serviço será suspenso pela prefeitura da Capital a partir da próxima quarta-feira (21), e os proprietários de unidades de saúde não querer arcar com as despesas de coleta dos materiais. Eles consideram que suspensão foi feita sem preparação e negociação.

Os representantes foram recebidos pelos deputados estaduais Lauro Davi (PSB) e Mara Caseiro (PTdoB), respectivamente presidente e vice da comissão.

“Não fomos consultados, nos deram apenas cinco dias para nos adequarmos. Estamos sendo penalizados com essa despesa sem estarmos preparados para ela. Ninguém nos ouviu, ninguém nos consultou”, protestou Mafuci Kadri, presidente do Grupo El Kadri.

Mafuci Kadri também anunciou que o grupo deve tomar medidas jurídicas para impedir a ação da prefeitura, como um mandado de segurança para reverter a medida. Nesta terça-feira (20), um representante dos hospitais e clínicas deve ocupar a tribuna da Assembleia Legislativa para falar sobre o problema.

Os empresários alegam que já separam, embalam, etiquetam o lixo, além de terem construído locais específicos para o correto armazenamento do material enquanto não é coletado. Na opinião dos administradores hospitalares, a coleta de lixo é de competência do município, Estado e União, ou seja, é uma questão de saneamento básico.

Para a deputada e vice-presidente da Comissão de Saúde, Mara Caseiro, mudanças no sistema de coleta do lixo hospitalar podem prejudicar toda a população de Campo Grande, pois pode resultar em uma possível falha na destinação e causar infecções e outras doenças.

“Foi tudo muito rápido, é preciso que haja mais debate em torno do assunto, mais tempo para que os hospitais e clínicas se adequem, ou pelo menos que esse ônus seja dividido”, declarou a deputada.

Mara Caseiro e Lauro Davi receberam documento com solicitações dos empresários da área de saúde. Foi sugerido uma reunião com o atual prefeito, Nelson Trad Filho, e com o eleito para 2013, Alcides Bernal, para tratar do assunto.

Gastos – Conforme o representante da Maternidade Cândido Mariano, Ivandro Fonseca, o custo da coleta de lixo hospitalar particular por ano ficaria entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, recursos que, segundo ele, não estão disponíveis no momento.

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