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Capital

Termina hoje prazo para ouvir Zeolla antes de polícia concluir inquérito

Aline dos Santos | 04/07/2016 11:06
Zeolla (à direita) foi condenado em 2011 por matar sobrinho. (Foto: Marcelo Victor)
Zeolla (à direita) foi condenado em 2011 por matar sobrinho. (Foto: Marcelo Victor)

Termina nesta segunda-feira (dia 4) o prazo para que a Polícia Civil conclua o inquérito sobre o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, preso por suspeita de estupro de adolescente. A previsão da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) é que ele preste depoimento hoje à tarde. Caso contrário, o procedimento termina sem que o preso seja ouvido.

De acordo com o delegado Mário Donizete Ferraz de Queiroz, o prazo é de dez dias para conclusão quando há preso, caso do procurador. “Tem que mandar hoje para a Justiça. Poderia até encerrar e depois encaminhar [o depoimento] nos autos. Mas ele deve ser ouvido hoje à tarde”, afirma.

Zeolla foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em 24 de junho e levado para o Centro de Triagem de Campo Grande, de onde só pode sair mediante autorização judicial.

O Gaeco, braço do Ministério Público, revelou que cumpriu o mandado porque estava em aberto desde abril e a polícia demorou, sem intenção de favorecimento ao procurador aposentado. Já a DPCA informou que não recebeu cópia da decisão judicial que deferiu a prisão preventiva

A defesa do procurador pediu à 7ª Vara Criminal que ele seja transferido para sala de Estado Maiou ou prisão domiciliar. Hoje, a reportagem não conseguiu contato com a defesa.

A investigação contra Zeolla começou no ano passado, quando um adolescente de 13 anos agrediu a mãe. Ele disse que um homem, apontado como sendo o procurador, iria levá-lo para a Alemanha. A mãe questionou a situação e foi agredida pelo adolescente. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que abriu investigação.

O aliciador seria um homem conhecido como “Carlos Xará”. A polícia identificou mais dois meninos de 10 e 11 anos. As duas crianças relataram que eram embebedadas antes dos abusos, além de serem sempre presenteadas com celulares, dinheiro e perfumes.

A identidade de “Carlos Xará” foi revelada a partir de consulta de placa do carro. O veículo foi fotografado por moradores do loteamento Nova Serrana, no Jardim Noroeste, na saída para Três Lagoas.

Em 2011, Zeolla foi condenado por matar o sobrinho. A condenação foi em regime semiaberto, mas ele obteve autorização para ficar internado em uma clínica e, atualmente, já estava em casa.

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