“Testemunho público da fé”, diz Dom Dimas, fã do dia de Corpus Christi
Para o arcebispo, a celebração é a mais bonita do calendário católico
"Fã número 1" do dia de Corpus Christi, o arcebispo de Campo Grande, Dimas Lara Barbosa, exaltou a coragem dos fiéis empenhados em dar o "testemunho público da fé", nesta data, através dos longos tapetes decorados colorindo ruas e avenidas, Brasil afora. Para Dom Dimas, o feriado religioso é o que tem as celebrações mais bonitas do calendário católico.
Apesar de a missa ter começado 30 minutos após o previsto, a espera não modificou o sentimento de realização das famílias e a felicidade em compartilhar com os filhos a tradição.
Dom Dimas acrescenta que a data fica ainda mais importante após a pandemia de covid-19. “É uma alegria imensa voltar a celebrar ela de novo, assim, após o período de pandemia”.
A data simboliza, de maneira figurada, o pão e vinho, ou seja, a eucaristia, sacramento do Corpo e Sangue de Jesus Cristo. A data recorda a última ceia de Jesus com os apóstolos. O feriado é marcado pela confecção dos tapetes temáticos com pó de serra, bora de café, casca de ovos, dentre outros materiais.
De acordo com a Polícia Militar, quase 6 mil pessoas acompanham a missa na região da Praça do Rádio Clube nesta tarde. O número é maior quando contabilizado àquelas que transitam no local para contemplar os tapetes.
Franciely D’avila, professora, 31 anos, estava na missa ao lado do marido, Marcos D’avila, e da filha Aurora, de 10 meses. Para ela, a celebração é um ato simbólico de amor. Ela comentou que sempre participou da data.
"Faz oito anos que a gente vem como família, é tradição, mas já participavam antes, quando jovens, desde sempre". Nem a gestação impediu que a docente não fosse à festividade. ”Quando estava na pandemia, participava das celebrações como dava. Esse é um ensinamento que queremos passar pra Aurora”, disse.
Gilmar Franco, de 39 anos, e Ana Paula, de 28, vão à cerimônia há quatro anos juntos, mas o homem ressaltou que participa há 30. O casal tem um filho de 3 anos chamado Paulo José.
“É uma missão muito importante para a tradição católica, não tem como deixar de vir. Sempre que dá eu venho e acompanho. É a celebração mais bonita que a igreja tem”.
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