Tirar UPA-Vet do papel e ampliar castração gratuita são metas de subsecretária
Novidade na estrutura da prefeitura, a subsecretaria de Bem Estar Animal, será chefiada pela protetora Ana Cristina Camargo
A criação da Subsecretaria do Bem Estar Animal vem como resposta às polêmicas envolvendo o atendimento público a cães e gatos de Campo Grande. Inédita na estrutura na prefeitura, a pasta será comandada pela médica Ana Cristina Camargo. Ela tem como meta tirar do papel o projeto da UPA-Vet, a unidade de pronto-socorro para atendimento de animais de estimação, e ampliar as castrações gratuitas por convênios com estabelecimentos privados.
Ainda nos primeiros dias deste ano, o caso do cão “Alf” comoveu a população, indignou os protetores de animais e gerou até campanha nas redes sociais com críticas ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). A tutora do animal alega que ele foi sacrificado sem o seu consentimento. A prefeitura, no entanto, afirma que o cão foi diagnosticado com Leishmaniose, o que, por lei, justificaria o sacrifício.
O caso colocou, mais uma vez, em xeque as políticas públicas para os animais na Cidade. Para Ana Cristina, as medidas colocadas como ações prioritárias da subsecretaria vão impactar, por exemplo, na superlotação do CCZ. “Por ser da causa animal, eu tenho conhecimento de várias coisas que vem acontecendo”, destacou.
Conforme a secretária, a implantação da UPA-Vet deve ser o primeiro projeto da pasta. Em dezembro do ano passado, a prefeitura previa disponibilizar o serviço até maio deste ano, pois, emenda de R$ 80 mil do deputado estadual, Márcio Fernandes, garantiria compra de equipamentos para a unidade de pronto-socorro, na própria sede do CCZ, na Vila Ipiranga, próximo a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
O parlamentar também destinou R$ 100 mil para a aquisição de um castramóvel, que terá contrapartida de R$ 100 mil da prefeitura. A unidade fará o atendimento exclusivo de cachorros e atenderia inicialmente bairros mais vulneráveis, como Aero Rancho e Nova Lima.
Castrações – Outra prioridade da pasta é a ampliação das castrações gratuitas. Ana Cristina lembra que o serviço é oferecido sem custo apenas para gatos. “Queremos aprimorar o serviço. Só existe para felinos numa quantidade de 600 vagas por mês. Funciona muito bem, mas infelizmente, as vagas não são suficientes para o tanto de animais que precisa”.
Cães devem ser incluidos no serviço e parcerias com a iniciativa privada também serão consideradas para atender número maior de animais.
Fogos – Não é a primeira vez que a gestão do prefeito Marquinhos Trad se mostra simpática as causas dos animais. No final de 2018, ele proibiu, por decreto, a utilização de fogos de artifício com efeitos sonoros e visuais em cerimônias do Executivo.
Conforme o decreto, o prefeito considerou na decisão a necessidade de evitar prejuízos à saúde humana, principalmente de crianças, idosos, pessoas com transtornos mentais, com síndrome de down, autistas e que apresentam deficiência auditiva. Também levou em conta os riscos aos animais, quem podem se assustar apresentar distúrbios.