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Capital

TJ destaca brutalidade e nega liberdade a lutador que matou homem em hotel

Aline dos Santos | 03/07/2015 07:58
Rafael está preso desde 19 de abril em Campo Grande. (Foto: Facebook)
Rafael está preso desde 19 de abril em Campo Grande. (Foto: Facebook)

O TJ/MS (Tribuna de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou habeas corpus ao lutador Rafael Martinelli Queiroz, 27 anos. Ele está preso desde 19 de abril de 2015 por espancar um homem até a morte no Hotel Vale Verde, em Campo Grande.

Segundo a defesa, não estavam presentes os requisitos da prisão preventiva, o preso tem o direito constitucional de responder em liberdade e sustentou que Rafael possui condições subjetivas favoráveis. A defesa ainda requereu a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.

O relator do processo na 2ª Câmara Criminal, desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques, lembrou a brutalidade do crime, já destacada pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva: “extrema brutalidade, contra um desconhecido”. Neste caso, a prisão é justificada pela garantia da ordem pública.

Também foi citada a necessidade de realizar uma operação especial para remover o preso até o Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros). “No mais, ressalto que a segregação preventiva decretada não ostenta qualquer excessividade ou desproporcionalidade, de forma que não se faz justificável a sua substituição por qualquer das medidas cautelares, principalmente em razão da gravidade emanada do delito penal praticado pelo paciente”, afirma o relator.

O preso é acusado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, lesão corporal em situação de violência doméstica e delito de dano no estabelecimento hoteleiro e resistência à prisão.

Crime - Rafael, que é de Valparaíso (SP), veio a Campo Grande para participar de um evento de lutas realizado no Círculo Militar. Porém, não competiu na noite de sábado (18 de abril), como era previsto, e foi para o hotel, na avenida Afonso Pena, por volta das 22h.

O lutador foi até o quarto 221, onde estava hospedado com a namorada de 24 anos, quando teve início uma discussão envolvendo traição. Ele bateu na mulher que, amedrontada, fugiu pelos corredores e pediu socorro na recepção.

Ao sair enfurecido do quarto , Rafael destruiu tudo o que encontrou pela frente, até se deparar com Paulo Cézar de Oliveira, 49 anos, que havia acabado de abrir a porta de seu apartamento, o 216, para ver o que estava acontecendo.

A vítima, que era de Batatais (São Paulo), foi espancada até a morte. Rafael tem quase dois metros de altura, pesa 140 kg e é lutador profissional. Já Paulo pesava cerca de 70 quilos e tinha 1,68 metro de altura.

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