Trabalhador confirma da pior forma que internet em casa não presta

A queda no sinal de internet da Claro/Net na tarde desta quarta-feira (15), em Campo Grande, prejudicou o trabalho de quem encara o home office durante o período de pandemia do coronavírus. O serviço ficou suspenso por pouco mais de uma hora, tempo suficiente para atrasar as atividades de quem tem prazos curtos a cumprir.

Sem aviso prévio, o sinal foi suspenso por volta das 14h30 em ao menos quatro bairros: Planalto, Vila Sobrinho, Cohafama  e Coronel Antonino e só voltou perto das 16h.

A servidora pública Rosana Martinez, que mora nas proximidades do shopping Norte Sul Plaza, disse que estava assistindo vídeo com o filho quando percebeu o sinal da internet caiu. A “sorte” é que a família tinha realizado os serviços no período da manhã. Mas a chatice é certa na hora de resolver o problema “E ainda tem o problema de ter que ligar, ficar ouvindo aquela gravação, demora”.

Rosana disse ter ficado preocupada porque está fazendo MBA à distância e não pode ficar sem acesso à internet. “Já pensou na quarentena ficar sem internet? É um meio da gente estudar, falar com a família”.

A também servidora pública Danielle Valentin, de 29 anos, está trabalhando na modalidade home office no bairro Coronel Antonino e disse ter ficado três horas sem acesso à internet. "Atrapalhou entrega de demandas. Foi um sufoco”, reclama.

Quem ligou para a operadora Claro para entender o ocorrido ouviu a seguinte mensagem automática: “Identifiquei em meu sistema que a região onde você mora está enfrentando um problema técnico no serviço de internet. Outros clientes estão com a mesma dificuldade em acessar a internet. Enfim, estamos fazendo de tudo para resolver o problema o mais rápido possível”. A previsão inicial do retorno dos serviços era às 19h, mas ocorreu antes das 17h.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a Claro para ter detalhes sobre o problema. Em nota a operadora Claro informoou que sua rede "está operando normalmente em Campo Grande (MS)".

"A operadora esclarece que alguns clientes do bairro Planalto/Vila Sobrinho, podem ter percebido uma breve e pontual instabilidade no serviço de internet residencial no início da tarde desta quarta-feira (15.4), já normalizado. A companhia afirma que todas as medidas foram tomadas imediatamente para a normalização do serviço no menor tempo possível."

Responsabilização - O advogado Leandro Provenzano, integrante da Comissão do Direito do Consumidor da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Mato Grosso do Sul explica ser possível responsabilizar a empresa prestadora do serviço desde que seja comprovado o prejuízo.

“Nestes casos tem que provar os três pontos: que ficou realmente sem internet, o prejuízo material ou o moral”. No primeiro caso, uma ligação ou número de protocolo feitos junto a empresa prestadora de serviços.

Segundo ele, o material pode ser comprovado  com a demonstração da quantia que o trabalhador deixou de receber no período em que ficou off-line e o moral por meio de uma mensagem ou e-mail recebido da direção da empresa e que deixou de ser cumprido.