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Capital

Trabalho dos bombeiros e Samu é prejudicado por defeito em viaturas

Paula Vitorino e Mariana Lopes | 30/01/2013 14:39
Reportagem encontrou pelo menos 13 viaturas em 3 oficinas, nesta manhã. (Fotos: Rodrigo Pazinato)
Reportagem encontrou pelo menos 13 viaturas em 3 oficinas, nesta manhã. (Fotos: Rodrigo Pazinato)

Nas oficinas, as garagens contam com diversas viaturas, mas nos quartéis, onde deveriam ficar aguardando serem acionadas para atendimento, é comum a falta dos veículos. Dos oito quartéis do Corpo de Bombeiros, a reportagem do Campo Grande News apurou que pelo menos três estavam sem nenhuma viatura para atendimento nesta manhã.

No quartel do Aeroporto, há mais de duas semanas as duas viaturas existentes estão no conserto. No Guanandi, a única viatura foi para o conserto.

Dentre os outros cinco quartéis, pelos menos quatro estavam com o déficit no contingente, com ao menos 1 viatura em manutenção. Apenas no Costa e Silva a reportagem conseguiu checar que as quatro viaturas padrões estavam em funcionamento.

De acordo com o comandante em exercício dos bombeiros, coronel Pereira dos Santos, total de 10 viaturas estavam em atendimento nesta manhã. Em contraste, a reportagem contou pelo menos 13 viaturas espalhadas em três oficinas da Capital.

Com as ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), a frequência nas oficinas é semelhante. O coordenador do Serviço, Mauro Ribeiro, afirmou que 10 viaturas estavam em atendimento hoje, mas não informou quantas estão em manutenção.

Segundo ele, o recurso disponibilizado pela União e Prefeitura é destinado para o funcionamento de 11 viaturas. No total, o Samu possui frota de 25 veículos, sendo 18 são viaturas consideradas novas – a partir de 2010 - e 7 não estão em condições de funcionar.

Com a regionalização do Serviço, passando a regular o atendimento da Capital e mais três cidades, a frota em atendimento deve passar 13, mas ainda é necessária a publicação da qualificação em Diário Oficial e adequação do número de funcionários.

Viatura de resgate em manutenção deixa quartel com desfalque.
Viatura de resgate em manutenção deixa quartel com desfalque.

Prejuízos - O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul, Edmar da Silva, frisa que cada viatura que fica em manutenção representa prejuízo para o serviço à sociedade.

Ele diz que as viaturas sofrem desgaste diariamente e, por isso, precisam ser trocadas com mais frequência para evitar as oficinas. “Eu garanto que policiais e bombeiros querem trabalhar, mas muitas vezes não conseguem porque não tem equipamento”, diz.

O gerente comercial de uma oficina no bairro Itamaracá, Carlos Marone, diz que frota dos bombeiros é muito antiga e isso aumento os problemas mecânicos. Segundo ele, os mais comuns são problemas no freio, aquecimento, radiador e troca de óleo.

O proprietário, José Viana, diz que mensalmente recebe uma média de 10 viaturas para conserto. O tempo de permanência na oficina varia de 3 a 10 dias.

Ele frisa que a demora no processo licitatório e liberação de recurso também atrasa o conserto, em pelo menos 5 dias a mais. A proprietária de oficina no Jardim América, Carla Sato, diz que a verba para a manutenção das viaturas é insuficiente e que a falta de revisão contínua encarece os serviços mecânicos.

Investimento – O comandante Pereira participou de reunião com o secretário de Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, e que foi garantido o maior repasse de recurso para a manutenção das viaturas.

“O secretário mandou abrir suplemento extra para consertar as viaturas em baixa. Vamos fazer o levantamento das viaturas em conserto e repassar para fazer o orçamento”, disse, acrescentando que o valor e prazo para liberação ainda não foram definidos.

Segundo ele, a cota mensal para as manutenções é de R$ 48 mil. Sobre a falta de viaturas em alguns quartéis, o coronel afirmou que “o atendimento não tem prejuízo” porque equipes de quartéis próximos são deslocados para atender as ocorrências e os funcionários dos locais sem viatura são distribuídos para outros serviços.

“Viatura entrar em manutenção é normal. Sempre tem uma indo para conserto e outra saindo. Tem veículos novos, mas com grande circulação, que apresentam problema e tem viatura com 15 anos que circula normalmente”, disse.

O presidente da Associação informou que irá realizar vistoria nas unidades da Polícia Militar e Bombeiros para verificar a situação das instalações e viaturas. A vistoria será feita com comissão de parlamentares da Assembleia Legislativa.

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