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Capital

Transplante de medula em 2020 faz Santa Casa virar referência no Centro-Oeste

Espaço onde eram tratados pacientes da oncologia vai dar esperança para quem precisa viajar mais de 800 km

Izabela Sanchez e Fernanda Palheta | 08/11/2019 11:17
Complexo da Santa Casa em Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Complexo da Santa Casa em Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Onde antes eram tratados os pacientes da oncologia na Santa Casa, vai começar, a partir de janeiro de 2020, transplantes de medula óssea. A novidade é aguardada por muitos pacientes já que não há, em Mato Grosso do Sul, essa possibilidade para o SUS. Em 2020 o maior hospital do Estado torna-se, assim, a 2ª referência (depois de Brasília) da região Centro-Oeste nesse procedimento.

Nesta sexta-feira (8) a Santa Casa inaugurou o Edifício Elisbério de Souza Barbosa, novo espaço da oncologia. No antigo local onde funcionava essa especialidade, passa a funcionar um banco de sangue e uma estrutura para transplante de medula.

O presidente do hospital, Esacheu Nascimento, afirma que a atividade começa entre “janeiro e fevereiro”. Até que isso aconteça, quem precisa de medula ainda tem de viajar mais de 800 km para chegar até Jaú (SP), onde, geralmente, o procedimento é realizado.

Em Brasília - O Instituto de Cardiologia do Distrito Federal inaugurou em 2014 o primeiro centro público de transplante de medula óssea em Brasília, tornando-se referência para as regiões Centro-Oeste e Nordeste. O primeiro transplante de medula óssea feito na rede pública de Brasília ocorreu em novembro de 2013.

Transplante – A necessidade é comum aos pacientes que tratam leucemia, doença que ocorre quando há proliferação descontrolada de células precursoras (blastos) dos glóbulos brancos normais na medula e no sangue. O transplante consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável.

O procedimento pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente e alogênico, quando a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.

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