Três anos após 1ª operação, esquema de contrabando volta à mira da PF e Receita
Ação de hoje cumpre uma ordem de prisão preventiva, 14 de busca e sequestra bens
Três anos e meio depois de ser alvo de operação, esquema de contrabando de produtos do Paraguai voltou para a mira da Polícia Federal e Receita Federal. Nesta quarta-feira (26), 62 policiais federais e 20 agentes da Receita estão nas ruas de Campo Grande e Chapadão do Sul para prender uma pessoa, cumprir 14 mandados de busca e fazer o sequestro de 2 imóveis, 3 veículos e valores existentes em contas bancárias de quatro investigados.
Conforme divulgado pela Receita, a ação é continuação da Operação Harpócrates, deflagrada em 21 de dezembro de 2017, porque, segundo as investigações, “a comercialização de quantidade expressiva de produtos eletrônicos estrangeiros, sem o devido registro de importação” não parou.
O esquema mudou. Ainda de acordo com a Receita, a compra e venda passou a ser feita com nota. Mas, foi constatado que “as emissoras dos documentos fiscais são empresas fictícias com sócios ‘laranjas’, utilizadas para dar aparência de legalidade às aquisições de mercadorias estrangeiras”. Além disso, os pagamentos aos fornecedores, localizados no Paraguai, eram realizados através de doleiros.
O nome da operação faz referência à mitologia grega, na qual Harpócrates representa o deus do silêncio e do segredo. A segunda fase da operação está em busca de provas dos crimes de contrabando e descaminho, de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas.
Mandado – A Polícia Federal esteve, nesta manhã, em apartamento do Condomínio Castelo de Luxemburgo, na Avenida Senador Antônio Mendes Canale.
Policiais chegaram no local por volta das 6h, vistoriaram o imóvel e saíram às 7h30 levando um homem e com carro, um Ford Fiesta vermelho, apreendido. O veículo também foi vistoriado.
O homem deixou o residencial em viatura descaracterizada, escoltado por três agentes.