UFMS convoca pacientes com esclerose múltipla a participar de pesquisa
Ideia é avaliar os efeitos de dois treinamentos psicoterapêuticos na redução do estresse e qualidade de vida dos pacientes
Pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) estão convocando pessoas com esclerose múltipla a participar de uma pesquisa. A ideia é avaliar os efeitos de dois treinamentos psicoterapêuticos na redução do estresse e melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Conforme as informações divulgadas pela assessoria de imprensa da UFMS, a pesquisa irá incluir 90 pacientes com treinamento baseado em Mindfulness e Psicoeducação. O primeiro grupo (30 pessoas) já foi formado e agora os pesquisadores convocam novos pacientes a se inscreverem.
Para participar é preciso ter, entre 20 e 50 anos, sem histórico de uso de droga e álcool ou diagnósticos de outras doenças neurológicas não decorrentes da esclerose múltipla e de doenças neurológicas prévias, causadas por infecções oportunistas (HIV) ou tumores cerebrais.
Os responsáveis pela pesquisa são: Tania Maria Netto (coordenadora), Alexandra Ayach Anachee, Pedro Rippel Salgado e João Américo Domingos, além de quatro acadêmicos (graduação e pós-graduação) que foram treinados para fazer a entrevista e avaliação neuropsicológica dos pacientes.
A seleção dos candidatos será baseada na pontuação de três testes. Os treinamentos acontecerão em dez semanas. Por último, será feita a repetição da avaliação neuropsicológica após o término do treinamento e novamente após três meses.
Os atendimentos serão feitos no SAPS/UFMS (Serviço de Atendimento Psicossocial), no ambulatório do Hospital Universitário e agora também está sendo estabelecida parceria com a Uniderp para a testagem neuropsicológica.
De acordo com a professora Tânia Netto, “evidências têm mostrado que esses treinamentos ajudam em caso de depressão, ansiedade, melhoram as funções cognitivas e reduzem o estresse, tanto na vida diária como o proveniente da própria doença”.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune, neurodegenerativa, crônica e ainda sem cura, que exige dos portadores o uso contínuo do medicamento para impedir a progressão da doença, reduzir taxas de surtos e recaídas.