Valores esquecidos da Nota Premiada pagam apartamento de luxo ou 4 Porsches
Os R$ 3 milhões deixados para trás foram destinados a fundo de habitação
Os R$ 3.198.592,40, em dinheiro que foi sorteado, mas “esquecido” pelos vencedores da Nota MS Premiada, pagariam por apartamentos luxuosos nas ruas Bahia e Euclides da Cunha, em Campo Grande, ou mansões nos bairros Chácara Cachoeira, Jardim dos Estados e Santa Fé. O montante milionário é resultado da soma de todos os prêmios oferecidos pelo Governo de Mato Grosso do Sul, desde janeiro de 2020, aos contribuintes que pediram o “CPF na nota”, mas não fizeram o resgate.
Os milhões também seriam suficientes para comprar três Mercedes-Benz GLS 450 ou Range Rovers Vogue, “carrões” que chegam a ser vendidos por R$ 999 mil na Capital. Os fãs dos Porsches poderiam colocar até quatro do modelo Cayenne na garagem.
Os prêmios são pagos a consumidores que pediram a inclusão do CPF nas notas fiscais de compras feitas em comércio de todo o Mato Grosso do Sul. Estes contribuintes concorrem a R$ 300 mil sorteados mensalmente pelo Governo, através de dezenas tiradas da Mega-Sena.
Acontece que o dinheiro da Nota Premiada não é destinado a luxos e os valores não resgatados são destinados ao FEHIS (Fundo de Habitação de Interesse Social), para financiar projetos de moradias no Estado.
Neste caso, o montante “perdido” pelos vencedores dos sorteios seria suficiente para construir mais de 30 apartamentos populares, se levarmos em conta, como exemplo, os R$ 96 mil gastos por unidade do Residencial Jardim Canguru, empreendimento entregue recentemente em Campo Grande. Para construir os 300 apartamentos, os governos estadual e federal desembolsaram ao menos R$ 29 milhões.
Balanço – Conforme balanço, divulgado nesta quarta-feira (20) pelo governo, em 2020, quando a Nota MS Premiada foi lançada, R$ 1.119.082,05 em prêmios expiraram. Em 2021, o valor não resgatado pelos “sortudos” foi de R$ 1.626.731,71 e em 2022, R$ 452.778,64 “caducaram” e já foram repassados ao fundo de habitação.