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Capital

Vítima no primeiro ano da gripe suína, empresária deu à luz em coma

Fernanda Mathias | 15/06/2016 16:32
Renata venceu a batalha contra a gripe A e deu à luz Otávio quando estava em coma, em 2009 (Foto: Alcides Neto)
Renata venceu a batalha contra a gripe A e deu à luz Otávio quando estava em coma, em 2009 (Foto: Alcides Neto)

Uma das primeiras vítimas em Campo Grande da gripe causada pelo vírus H1N1, no ano de 2009, quando a doença ganhou o apelido de gripe suína, a microempresária Renata Sanchez, 36 anos, venceu uma luta que até mesmo para a equipe médica pareceu perdida. Não só sobreviveu à doença, como hoje posa ao lado de Otávio, que nasceu quando ela ainda estava em coma.

Após 29 dias em coma e uma cesariana, a mãe de Renata foi chamada na noite de 20 de setembro ao hospital e informada de que os órgãos da filha já não funcionavam. Os rins e pulmão haviam parado e o prognóstico para a manhã seguinte era o pior.

“Minha mãe foi para a igreja orar e muita gente a acompanhou, mesmo em coma pude escutar no CTI (Centro de Terapia Intensiva”, relata. Contrariando as previsões, Renata amanheceu melhor e deixou o coma.

Parto em coma – Gestante de oito meses, Renata foi internada no dia 02 de setembro de 2009 com suspeita de gripe, que se confirmou por exames. Primeiro, ficou no Hospital Universitário, onde, em choque, foi induzida ao coma e submetida a uma cesariana.

De lá, transferida para o CTI de hospital particular e somente 15 dias após o nascimento pôde o conhecer o filho. Otávio hoje está com seis anos e é uma criança saudável.

Até então pouco conhecido, o vírus foi combatido por medicamentos importados dos Estados Unidos, uma prescrição que agravou o quadro de saúde de Renata porque a medicação afetou o funcionamento dos rins.

Surto – Diante de um cenário com número recorde de mortes causados pela chamada gripe A, Renata se recorda da luta que travou há sete anos e se solidariza com as vítimas.

“Sempre falo que todo cuidado é pouco, para tomar vacina se prevenir”. Apesar da precaução, ela diz que não teme a doença e atribui à providência divida sua cura e ter o filho a salvo. “Foi um milagre. Tenho certeza absoluta”.

Boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde), divulgado nesta quarta-feira (15), aponta 52 mortes pela gripe A no Estado e 926 casos confirmados da doença, além de 633 pessoas aguardando resultados.

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