Com duas mortes confirmadas por gripe A, saúde vai intensificar prevenção
São 24 casos da doença confirmados neste ano em Dourados; jornalista de 48 anos morto sexta também estava com H1N1
A Secretaria de Saúde de Dourados, a 233 km de Campo Grande, vai intensificar as ações de conscientização dos moradores sobre a necessidade de adotar medidas de prevenção à gripe H1N1. Com a cobertura vacinal dentro da meta, a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul vê nas ações preventivas a forma mais eficaz de evitar um surto da doença.
Nesta segunda-feira (13), o Núcleo de Vigilância Epidemiológica confirmou a segunda morte em decorrência da gripe H1N1 ocorrida neste ano em Dourados.
O jornalista Marcelo Humberto, 48, que morreu na sexta-feira (10), estava com a doença, segundo o resultado do exame que ficou pronto no fim de semana. Ele tinha sido internado no dia 27 de maio com quadro de pneumonia e suspeita de H1N1 e morreu após duas semanas internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Evangélico.
A primeira morte tinha sido confirmada na quinta-feira (9). Um homem de 52 anos, que estava internado desde o dia 29 de maio no Hospital da Vida, morreu na terça-feira (7).
O paciente tinha complicações de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e fazia tratamento contra uma doença de pele chamada de Síndrome de Stevens-Johnson, que provoca lesões avermelhadas em todo o corpo e outras alterações, como dificuldade em respirar e febre.
Até a semana passada, 23 dos 43 moradores que apresentaram os sintomas de H1N1 em 2016 tinham apresentado resultado positivo para a doença. Com a morte do jornalista, provocada pelo vírus, são 24 casos confirmados, mas o número pode ser maior, já que os dados serão atualizados apenas na quarta-feira.
Prevenção – Entre as principais ações que podem ajudar a prevenir a gripe A estão frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir e evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.
O Ministério da Saúde também recomenda à população higienizar as mãos após tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os ambientes bem ventilados, evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza, evitar sair de casa em período de transmissão, evitar aglomerações e ambientes fechados, adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos, e orientar o afastamento temporário (trabalho, escola, etc) até as 24 horas após cessar a febre.