Vizinha a Bioparque, obra de 16 anos leva mais R$ 830 mil para reabrir as portas
A construção avarandada, que segue a arquitetura de sede de fazenda, já teve vários "donos"
De portas fechadas há 16 anos, o espaço conhecido como “Casa do Homem Pantaneiro”, ao lado do Bioparque Pantanal, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, deve ser inaugurado até março de 2023. Para tanto, recebe mais R$ 830 mil de recursos da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) e foi rebatizada de “Espaço Sanesul”.
Lançada em 2006 na gestão do governador Zeca do PT, a obra levava o nome de Casa do Pantanal e custou R$ 684 mil aos cofres públicos. Porém, ao longo de 16 anos, a construção avarandada, que segue a arquitetura de sede de fazenda - com janelas de madeira e gradil -, só acumulou vandalismo, focos do mosquito da dengue e vários “donos”.
O local seria administrado pela Fundação Manoel de Barros, que no ano de 2015 devolveu o imóvel para o governo do Estado. Com a mudança, o espaço foi repassado, à época, para a Secretaria de Cultura, com a previsão de abrir as portas em maio de 2016. Depois, a administração ficou sob responsabilidade do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
Em 21 de maio de 2019, a construção entrou no pacote de obras do governo para desassoreamento do Parque das Nações Indígenas. Dias depois, o imóvel foi cedido para a Sanesul. Mas a ordem de serviço só foi oficializada em dezembro de 2021.
“As obras civis estão praticamente prontas, estamos na fase de acabamento final, pintura e adequação dos móveis. Eu acredito que até o primeiro trimestre de 2023 a gente possa estar entregando”, afirma o diretor-presidente da Sanesul, Walter Benedito Carneiro Júnior.
De acordo com ele, a empresa destinou R$ 830 mil de recursos próprios para a obra. “Utilizamos para investir nesse espaço que foi cedido pelo governo do Estado para a empresa”, diz Carneiro Júnior.
O imóvel terá museu sobre a história da Sanesul; uma sala batizada de “Carbono Zero”, em parceria com a Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e alusiva à meta de Mato Grosso do Sul de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2030; a gerência de meio ambiente da empresa; espaço para apresentação de artistas locais; além de anfiteatro e sala de múltiplo uso para cursos de qualificação profissional.