Não foi homofobia: vizinho diz que esfaqueou vigilante por causa do som alto
Lucas Lima de Oliveira, 30 anos, passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada
Lucas Lima de Oliveira, 30 anos, afirmou ter esfaqueado o vizinho vigilante para se defender após briga por som alto. A primeira versão era caso de homofobia. O caso aconteceu na manhã da quinta-feira (2), em uma vila de quitinetes na Rua Marajoara, Bairro Jardim Centro Oeste, em Campo Grande. A vítima, de 45 anos, foi socorrida em estado gravíssimo. O autor passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada.
RESUMO
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Lucas Lima de Oliveira, 30, foi preso preventivamente por tentativa de homicídio contra um vizinho de 45 anos. Segundo Lucas, a discussão começou por conta do som alto e evoluiu para uma luta corporal, onde ele alegou ter tomado uma faca do vizinho para se defender após ser agredido com um machado. A vítima, um vigilante que trabalha à noite, confirmou a discussão por causa do barulho, relatando ter sido esfaqueado por Lucas. O caso foi registrado como tentativa de homicídio, e Lucas, apesar de não possuir antecedentes criminais, teve sua prisão preventiva decretada.
Em depoimento assim que foi preso, Lucas afirmou que estava em sua casa quando o vizinho passou e deu início à discussão. À polícia, ainda alterado pelo consumo de bebida alcoólica, ele alegou que o vigilante havia dito que não gostava dele e ele o questionou se era pela sua orientação sexual.
“Ele disse que não gostava de mim e eu perguntei se era porque eu sou gay. Ele disse que não. E eu vim para fora. Sentei ali na frente e ele tinha um negócio na cintura. Veio e deu uma faca na minha perna. Eu tomei a faca e dei as facadas nele”, relatou Lucas.
Questionado sobre o motivo da discussão novamente, Lucas explicou que estava bebendo e o vizinho reclamou do som alto e disse que não gostaria de ouvir a minha voz. Segundo relato do autor, o vigilante jogou um machado nele e, então, ele foi para o corredor do local, foi quando os dois entraram em luta corporal.
“Ele disse que ia me pegar e me matar. Foi na casa dele e saiu com a faca. Eu tomei a faca, dei as facadas e depois gritei meu irmão. Não queria fazer mal para ele. Chorei e saí correndo. Me escondi no mato, chorei, chorei. Só tomei a faca para me defender. Ia aparecer depois de 24 horas para prestar depoimento, mas acho que alguém ligou para vocês e me entregou”, contou.
Sobre não acionar o socorro, o homem afirmou que não ligou porque viu outro vizinho e sua cunhada fazendo as ligações e só pensou em sair do local para se esconder. “Eu ia me apresentar depois de 24 horas”, finalizou.
A vítima também prestou depoimento. Internado no hospital, o vigilante afirmou à polícia que a briga aconteceu por conta do som alto de Lucas. Segundo o homem, ele trabalha no período noturno e sempre que chega para descansar, o vizinho está com o volume da música no máximo, além de conversar muito alto.
“Pedi para ele fazer menos barulho. Ele veio bater no meu portão. Falei para ele ir para a casa dele e entramos em luta corporal. Nessa hora ele me deu umas facadas”, detalhou o homem.
O caso foi registrado como tentativa de homicídio. Hoje, Lucas passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada pela juíza Ellen Priscile Evangelista Xandu. Ele não tem antecedentes criminais.
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