Vizinhos suspeitavam do “entra e sai” de onde jovem foi morto
Fábio Erick foi assassinado a tiros ao ser chamado pelo nome no portão de casa
Relatos dos vizinhos de Fábio Erick de Souza, 25 anos, reforçam que o rapaz estava traficando drogas no imóvel localizado no cruzamento da Avenida Alto da Serra com a Rua Ariti, no Bairro Moreninhas, em Campo Grande. Para a polícia, a motivação do crime foi droga. Souza foi surpreendido em casa por atiradores, na noite desta segunda-feira (29), e os homens portavam armas de grosso calibre.
Uma moradora, que pediu para ter o nome preservado por medo, diz ter escutado seis tiros. "É triste isso. Eu estava em casa quando começaram os tiros e parecia que era aqui dentro", lembra.
Outro morador afirma que sempre percebia um movimento fora do comum no imóvel. "Um entra e sai de carro e moto, mas ele era muito discreto. Eu já imaginava o que estava fazendo, mas não tenho nada a ver com a vida dos outros, cada um sabe o que faz. Ele era um rapaz muito educado, sempre passava aqui em frente e dava bom dia. Uma pena que tudo terminou assim", disse.
Vizinho, que também pediu para não ter o nome divulgado, disse que via fluxo muito grande de veículos, que ficavam pouco tempo. "Parecia ser estranho porque a casa é pequena e as pessoas ficavam pouco aqui, nem dois minutos. Mas tudo que vem fácil vai fácil também", diz o homem.
O crime - A vítima foi abordada por dois homens em frente a residência onde morava, no cruzamento da Avenida Alto da Serra com a Rua Ariti, nas Moreninhas. Os homens chegaram no local ocupando um carro prata. Houve discussão e a dupla efetuou os disparos pela grade do portão, com direção ao interior da casa.
Vizinhos tentaram socorrer Fábio, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele apresentava ferimentos na região da cabeça, braço, tórax, perna e nádegas. A polícia apurou que os atiradores utilizaram duas armas, sendo uma de grosso calibre, 12, e possivelmente um revólver calibre 38.
Pouco após o caso, equipes do Corpo de Bombeiros Militar e da PM foram acionadas para conter um incêndio em veículo encontrado na saída para São Paulo. O veículo foi o mesmo utilizado pelos atiradores no crime.
Motivação - A delegada que atendeu a ocorrência, Cynthia Karoline Bezerra, afirmou que Fábio não tinha passagens pela polícia. Contudo, há algum tempo estava atuando no tráfico. "A suspeita é de que a execução tenha sido por questão de droga", afirmou. Dez quilos de maconha foram encontrados escondidos em cima de uma geladeira, na casa de Fábio. Além da droga, duas balanças eletrônicas e uma faca de serra foram encontrados.
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