Chuvas elevam para 18 o número de cidades em situação de emergência
Outros quatro municípios do sul do Estado decretaram situação de emergência devido às insistentes chuvas que atingem a região há, pelo menos, 25 dias. Com isso, sobe para 18 o número de municípios sul-mato-grossenses prejudicados pelo grande volume de chuvas.
Bela Vista, Jardim, Mundo Novo e Deodápolis expediram decreto depois que o Governo do Estado já havia decretado situação de emergência, por isso, não foram incluídas no decreto estadual, mas a administração do Estado estuda adicioná-las no documento.
Muita água - Segundo a prefeita Maria das Dores Viana, de Deodápolis, a 252 quilômetros de Campo Grande, só hoje choveu cerca de 90 mm e, ontem, as águas também não deram trégua.
"A casa de uma família encheu de água e estamos tirando eles do local. A situação das estradas, nem se fala. Devem ter acabado mais ainda depois da chuva de ontem e hoje", disse a prefeita.
"A tubulação de quatro linhas de distribuição foram levadas pelas chuvas e quatro ou cinco pontes também foram completamente destruídas. Também existem muitas erosões, dentro e fora da cidade. Muitas vias intransitáveis", completou Maria Viana.
Há 27 dias - Em Bela Vista, os primeiros grandes estragos foram contabilizados no dia 15 de novembro, quando chuva de granizo e vendaval derrubou árvores, destelhou casas e destruiu um monumento. Conforme o coordenador da Defesa Civil, Adilson Insabralde César, o vento naquele dia chegou a 80 km/h.
Na cidade, 57 famílias chegaram a ser desabrigadas, inclusive pelo aumento do nível do Rio Apa, que alagou residências dos bairros Baixada Corintiana, Baixada Fluminense e Praia do Pompilho.
Em Amambai, uma das 18 cidades que já decretaram situação de emergência, o cálculo dos prejuízos já chega a R$ 20 milhões. O prefeito, Sérgio Diozébio, explica que será preciso priorizar alguns reparos quando o tempo permitir o início das obras.
Compreensão - "A gente pede que a população tenha entendimento da situação de emergência para saber que não tem o dinheiro, para entender a prioridade do outro, que às vezes é maior do que a sua própria", afirma.
"Pedimos também que os produtores rurais nos ajudem com o trabalho de contenção de águas nas propriedades. Se conseguirmos conter um pouco, elas não irão todas para as estradas. Se cada produtor tiver essa consciência, ajuda", completa.