Com indicativo de greve, Fetems e governo voltam a discutir reajuste
Com indicativo de greve, que pode parar 26 mil servidores a partir do dia 21 de maio, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) e o governo do Estado tem nova rodada de negociação salarial nesta sexta-feira. Os representantes da categoria estão reunidos com o secretario de Governo, Eduardo Riedel.
De acordo com o presidente da Fetems, Roberto Magno Botareli Cesar, a negociação é para 20 mil professores e 6.200 servidores administrativos. Para os docentes, os pedidos são pagamento ainda em 2015 de 10.98%, referente à Lei 4.464, reajuste referente à data base no de maio e pagamento do 1/3 da hora-atividade para professor, que deveria vigorar desde janeiro. “Temos um documento assinado pelo governador de próprio punho e registrado em firma onde ele cumpriria”, diz Botarelli.
Quanto aos administrativos, é solicitado reajuste de 8,36% para repor a inflação. O governo, em outras ocasiões, relatou dificuldade financeira para conceder aumento salarial. Para o presidente da Fetems, o cenário econômico permite o reajuste devido ao aumento de arrecação com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do diesel; alta do dólar, moeda usada para pagar os gás boliviano; e do aumento da energia elétrica, que refete na arrecação de imposto.
O resultado de hoje será discutido em assembleias municipais na segunda-feira e em uma discussão geral na próxima terça. A assessoria de imprensa do governo informou que o secretário falaria somente após a reunião, que acontece na Governadoria, em Campo Grande.
Ontem, os professores fizeram paralisação de alerta, com duração de 24 horas. A categoria conseguiu retirada de projeto, em trâmite na Assembleia Legislativa, sobre alteração na lei que rege a eleição para diretores.