Delegada ouve filha de idosa que sobreviveu ao tratamento quimioterápico
A delegada da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, Ana Cláudia Medina, ouviu na tarde desta segunda-feira (18), a filha da idosa Margarida Isabel de Oliveira, 71 anos, que sobreviveu ao tratamento quimioterápico que matou três mulheres na Santa Casa de Campo Grande. Em razão do depoimento de Geisa, filha da idosa, foi aberto um novo inquérito para investigar o fato.
A idosa foi a única que sobreviveu ao tratamento. Já Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72 anos, Maria Glória Guimarães, 61 anos, morreram nos dias 10, 11 e 12 de julho, respectivamente, devido a complicações no tratamento de quimioterapia.
Segundo a delegada Ana Medina, a idosa não pode ser ouvida hoje em razão das reações adversas do tratamento quimioterápico que ela teve quando estava na Santa Casa de Campo Grande. Familiares da idosa informaram que ela está debilitada e desorientada e não conseguiram conversar com a polícia.
Conforme a delegada, os familiares da idosa registraram um boletim de ocorrência sobre o crime de lesão corporal grave por exposição a perigo de vida. Com isso será apurado a relação com o medicamento Fluorouracil (5-FU) que causou três mortes no Setor de Oncologia. ” Hoje eu fiz a oitiva com a filha de Margarida porque ela não está em condições de depor. Nós vamos investigar agora a relação do medicamento com as mortes. Agora abrimos um inquérito novo para investigar só o caso da Margarida. Ela estava pela manhã no mesmo período que as outras mulheres foram medicadas.Vai ser mais fácil apurar, pois já temos as oitivas dos outros funcionários”, explica a delegada.