Em um mês, amostras para exame de gripe sobem de 10 para 70 por dia
De um mês para cá a média diária de amostras de pacientes com suspeita da gripe causada pelo vírus H1N1 que o Lacen (Laboratório Central) recebe passou de 10 para 70.
“É um aumento exponencial e a demanda só tem crescido”, explica Déborah Ledesma, gerente da biologia média farmacêutica bioquímica. O aumento já dobrou o prazo médio para entrega dos resultados, com prioridade para casos de pacientes internados em estado grave e óbitos.
Há uma semana o Campo Grande News esteve no Lacen, que fica na Capital, e o prazo médio que já era de cinco dias, dois além do preconizado. Nesta sexta-feira o tempo médio de espera já é de 10 dias. À espera de análise, 200 exames no fim desta manhã, mas novas amostras chegam a todo momento.
O Lacen conta com 110 funcionários ativos e recebe as amostras colhidas para exame em sistema de plantão. O material coletado fica acondicionado em freezers a 70 graus negativos.
O exame é feito pela metodologia de biologia molecular com aspirado de nasofaringe, ou seja, a partir de secreções coletadas no nariz e boca do paciente. O Lacen concentra todos os exames feitos na rede pública do Estado.
Recorde – Até agora, conforme o último relatório, divulgado quarta-feira (01) morreram 32 pessoas por conta da doença, tornando 2016 como o ano com maior número de óbitos confirmados desde 2009, quando o vírus da gripe foi detectado pela primeira vez em uma epidemia no México.
Conforme o boletim epidemiológico, as sete mortes desta semana ocorreram em Bataguassu, onde duas pessoas morreram, Campo Grande, Caarapó, Douradina, Jardim e Naviraí. Os outros óbitos confirmados pelo vírus da gripe A desde o início do ano foram registrados em Aquidauana, Corumbá, Coxim, Juti, Ivinhema, Maracaju, São Gabriel do Oeste e Três Lagoas.
De 1.096 exames realizados pelo Lacen (Laboratório Central) este ano, 422 confirmaram a doença em pacientes de todo Estado, sendo 114 somente em Campo Grande. No total, 615 pacientes ainda aguardam o resultado dos exames para confirmar se estão contaminadas pelo vírus H1N1.