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Capital

Em Campo Grande, gripe já matou 28% mais em 2016 que no ano passado

João Humberto | 02/06/2016 18:22
Neste ano, até o momento foram registradas nove mortes por gripe na Capital; em todo o ano de 2015 foram sete (Foto: Alcides Neto)
Neste ano, até o momento foram registradas nove mortes por gripe na Capital; em todo o ano de 2015 foram sete (Foto: Alcides Neto)

De acordo com análise situacional da gripe H1N1 – também conhecida como gripe suína – divulgada na edição do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta quinta-feira (2), o número de mortes em decorrência da doença aumentou 28,5% em relação ao ano passado na Capital. Em 2015 foram sete óbitos e neste ano, até agora, já são nove.

Durante todo o ano de 2015, foram atendidos 255 casos da doença em Campo Grande contra os 234 registrados até o momento neste ano. Já em 2013, 234 pessoas foram atendidas. Vale ressaltar que os atendimentos também foram feitos a pessoas que moram em outras cidades.

Ainda conforme a análise, o município de Campo Grande registrou o maior número de casos suspeitos (205) e confirmados (45) de influenza e nove óbitos (oito por Influenza A H1N1 e uma por Influenza B). Diante deste cenário, conforme a Sesau, é necessário que todos os profissionais de saúde estejam em alerta para protocolo de tratamento e indicação da medicação.

O medicamento Oseltavimir, comercialmente conhecido como Tamiflu, é indicado para os quadros com condição ou fator de risco para complicações, como orienta a Sesau na publicação. Deve ser utilizado pelos pacientes em até 48 horas após serem constatados os sintomas, depois disso não faz efeito, já que o vírus se espalha.

No análise, a secretaria cita os principais sintomas relacionados à gripe como febre de início súbito, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações. Em crianças com menos de dois anos também podem ser consideradas febre, tosse, coriza e obstrução nasal, na ausência de diagnóstico específico.

A Sesau lembra que grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal), idosos acima de 60 anos, crianças com menos de cinco anos, índios, agentes penitenciários, presos, trabalhadores em saúde, entre outros, estão inclusos nos grupos prioritários.

Em caso de agravamento de falta de ar, respiração acelerada, baixa concentração de oxigênio no sangue, persistência ou aumento da febre por mais de três dias, insuficiência renal aguda, as pessoas precisam ficar em alerta.

A análise explica que a influenza é uma doença viral febril que ocorre durante todo o ano, porém é mais frequente nos meses do outono e do inverno. A importância da influenza como questão de saúde publica cresceu após o ano de 2009, quando se registrou a pandemia (epidemia com larga distribuição geográfica) devido ao vírus influenza A (H1N1) pdm09, com mais de 190 países notificando milhares de casos e óbitos pela doença.

A partir da epidemia de 2009, o Ministério da Saúde implantou a vigilância universal da SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) com o objetivo de monitorar os casos hospitalizados e óbitos identificando o comportamento da influenza no país para orientar na tomada de decisão.

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