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Interior

HU faz readequação em leitos para atender casos suspeitos de gripe

Doze pacientes com síndrome respiratória aguda grave estão internados no hospital, onde 35 foram atendidos nos últimos meses

Helio de Freitas, de Dourados | 02/06/2016 16:36
HU de Dourados é referência a referência regional em doenças infectocontagiosas (Foto: Divulgação)
HU de Dourados é referência a referência regional em doenças infectocontagiosas (Foto: Divulgação)

Para atender o crescente número de pacientes de toda a região com suspeita de gripe transmitida pelo vírus H1N1, o HU (Hospital Universitário) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) está readequando a distribuição de leitos.

A medida, anunciada nesta quinta-feira (2), é uma reposta às reclamações feitas por familiares de pacientes internados no Hospital da Vida – que é de urgência e emergência e não possui isolamento – de que o HU nega vaga na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pessoas com suspeita de gripe suína.

O HU informou que desde o início da semana, duas enfermarias da clínica médica estão sendo usadas exclusivamente para a acomodação de pacientes que apresentam o quadro suspeito ou confirmado de influenza, mas em situação de menor gravidade e que não necessitam de intubação.

“Nestes locais os pacientes ficam a uma distância segura um do outro para que não haja contaminação por gotículas”, afirma o hospital em nota encaminhada pela assessoria de imprensa.

Conforme o hospital, todos os isolamentos respiratórios disponíveis no hospital – 10 leitos entre adultos e pediátricos – estão sendo ocupados prioritariamente por pacientes com quadro suspeito ou confirmado de Influenza. Uma UTI adulto está exclusivamente reservada para assistência à pessoas com a doença.

“Além disso, o HU adaptou três leitos de tratamento semi-intensivo para que permaneçam os casos que demandam ventilação mecânica enquanto aguardam vagas na UTI”, diz a nota.

Também foram adaptados leitos extra em salas do PAC (Pronto Atendimento Clínico) e do PAP (Pronto Atendimento Pediátrico), para pacientes com quadro de menor gravidade, que aguardam vagas nos leitos de enfermaria.

Médicos de várias especialidades, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais e outros profissionais foram readequados e preparados para atendimento desses casos, “que são diferenciados e em maior número do que o habitual”, segundo o hospital.

Casos – Desde que começaram a surgir casos suspeitos de gripe, o HU de Dourados notificou 35 pessoas com síndrome respiratória aguda grave, notificação feita quando o paciente chega com quadro de dificuldade respiratória, tosse e outras debilidades sugerindo doença causada por vírus que ataque o sistema respiratório.

Doze casos apresentaram resultado negativo para influenza, 14 apresentaram quadro positivo para H1N1 e oito ainda aguardam o resultado de exames para confirmação.

Uma paciente atendida no HU não teve material coletado para exame, pois veio de Caarapó já em tratamento avançado. Conforme o hospital, o protocolo do Ministério da Saúde orienta que o exame só é considerado confiável se o material for coletado até no máximo o sétimo dia após início dos sintomas. No caso citado, a paciente veio para o HU já com mais de dez dias de tratamento.

Nesta quinta-feira, 12 pacientes estão internados no HU com notificação de síndrome respiratória aguda grave. Três deles têm quadro confirmado de H1N1, dois tiveram resultado negativo e seis aguardam o resultado de exames.

Até hoje, três pacientes que morreram no HU de Dourados tiveram confirmação de H1N1. Eles moravam em Juti, Maracaju e Caarapó.

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