Crise do coronavírus potencializa desemprego e fila na Funtrab dobra a esquina
Pela primeira vez em três semanas, a fundação oferece vagas de trabalho nesta terça-feira
A crise do desemprego, potencializada no último mês pelo novo coronavírus, ganha rosto e história na fila de mais de 200 pessoas que bate à porta da Funtrab (Fundação do Trabalho), no Centro de Campo Grande, na manhã desta terça-feira (dia 14).
Pela primeira vez em três semanas, a fundação oferece vagas de trabalho. Mas a maioria que está na fila de dobrar quarteirão, na Rua 13 de Maio, foi dar entrada no seguro-desemprego, o benefício que vai garantir as finanças pelos próximos meses.
O frentista Adriano Feitosa, 24 anos, engrossou a fila dos desempregados há três semanas. Hoje, foi em busca do benefício. Ele conta que não procurou emprego porque sabe que o mercado está parado. Na Funtrab, Adriano perguntou sobre ofertas de trabalho, mas não havia nenhuma com o seu perfil.
Fabiano Oliveira, 46 anos, atua na construção civil, mas se viu desempregado há um mês. Um dos primeiros a entrar na Funtrab nesta terça-feira, ele conta que está aliviado por ter conseguido o seguro-desemprego.
Reaberta ontem, a Fundação do Trabalho libera o acesso de 10 pessoas por vez e distribuiu 125 vagas. Antes da crise do coronavírus, a média de ofertas de vagas variava de 150 a 200.
De acordo com o diretor-presidente da fundação, Enelvo Felini, hoje, com muito esforço da equipe de captação de vagas, são oferecidas 23 oportunidades de emprego. Do total, cinco são para pessoas com deficiências.
Na longa fila, a maioria das pessoas não usava máscaras, medida de proteção recomendada pelo Ministério da Saúde, e em muitos ponto não foi mantido o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as pessoas.