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MPMS pede suspensão de concurso estadual por vazamento de prova

Ação do Ministério Público questiona vazamento da prova de digitação para os cargos de agente de polícia

Leonardo Rocha | 21/09/2018 12:11
Candidata mostra conteúdo de prova aplicada no início de setembro. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo).
Candidata mostra conteúdo de prova aplicada no início de setembro. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo).

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu a suspensão do andamento do concurso de agente de polícia, pelo vazamento da prova de digitação, que ocorreram nos dias 08 e 09 de setembro deste ano, para as funções de escrivão e investigador de Polícia Judiciária. Ainda solicita que esta etapa do certame seja anulada devido as irregularidades.

O pedido foi feito pelo promotor Marcos Alex Veras, da 30ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social. Ele explicou que é necessário uma liminar de forma imediata, suspendendo o andamento do concurso, até que haja o julgamento definitivo da ação, que inclusive pondera que pode ser resolvida em uma audiência de conciliação.

O promotor cita que é necessário esta reparação, devido aos fatos apresentados, já que nos dias 8 e 9 de setembro, durante a prova de digitação, os candidatos foram divididos em turmas e teriam que digitar um texto de aproximadamente mil caracteres, no prazo de cinco minutos, com quantidade de erros inferior a 20.

Foi informado que os candidatos não poderia levar consigo a prova, já que o mesmo texto seria repassado para outra turma digitar, ocorre que foi identificado que Aline Borges, por meio de troca de mensagens em redes sociais, fez uma fotografia da prova, permitindo que outros candidatos tivessem acesso ao texto, antes de serem avaliados.

Motivos - Para o MP, o “vazamento da prova”, permitindo que alguns candidatos tivessem “acesso prévio” ao conteúdo, viola a isonomia do concurso, assim como princípios de “legalidade, moralidade e eficiência”, o que justifica uma ação judicial para anular esta fase do certame.

Também questionou que um “texto idêntico” para os candidatos, em turnos diferentes, gerou risco para fase do concurso. Antes deste pedido, o governo estadual já tinha excluído da disputa a candidata suspeita de ter vazado a prova. Elas por sua vez justificou que “não agiu de má fé” e que recebeu a avaliação dos próprios fiscais.

Resposta - Entramos em contato com a SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização), organizadora do concurso, que por meio da assessoria, informou que só vai se manifestar sobre o pedido do Ministério Público, após ser notificada e tomar conhecimento sobre os argumentos da instituição.

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