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Empregos

País tem 13,794 milhões de desempregados; taxa de 14,4% é a maior desde 2012

A população desocupada cresceu a 1,083 milhão em apenas um trimestre, aumento de 8,5%, totalizando 13,794 milhões de desempregados

Daniela Amorim | 30/10/2020 10:53

A forte queda da atividade econômica provocada pela pandemia da covid-19 continua causando um forte estrago nos empregos. A taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto subiu para 14,4%, o maior nível já registrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que teve início em 2012. No trimestre encerrado em julho, a taxa estava em 13,8%.

A população desocupada cresceu a 1,083 milhão em apenas um trimestre, aumento de 8,5%, totalizando 13,794 milhões de desempregados. Em relação a um ano antes, há 1,229 milhão de desocupados a mais, alta de 9,8%.

De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o aumento na taxa de desemprego é um reflexo da flexibilização das medidas de isolamento social para controle da pandemia. "Esse aumento da taxa está relacionado ao crescimento do número de pessoas que estavam procurando trabalho. No meio do ano, havia um isolamento maior, com maiores restrições no comércio, e muitas pessoas tinham parado de procurar trabalho por causa desse contexto. Agora, a gente percebe um maior movimento no mercado de trabalho em relação ao trimestre móvel encerrado em maio", diz.

Segundo a Pnad Contínua, o País registrou uma perda de 4,270 milhões de pessoas ocupadas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população ocupada desceu ao menor patamar da série histórica iniciada em 2012, com 81,666 milhões de pessoas. Em um ano, foram extintos 11,965 milhões de empregos, uma queda de 12,8% no total de pessoas trabalhando.

A taxa de desemprego só não subiu ainda mais porque houve um aumento de 5,6% no número de pessoas na inatividade em relação ao trimestre imediatamente anterior.

A população inativa alcançou o auge de 79,141 milhões no trimestre encerrado em agosto, 4,177 milhões a mais que no trimestre terminado em maio. Em um ano, 14,213 milhões de brasileiros migraram para a inatividade, um salto de 21,9% no total de pessoas fora da força de trabalho.

O nível da ocupação - percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - caiu de 49,5% no trimestre encerrado em maio para 46,8% no trimestre até agosto de 2020, o menor da série histórica. No trimestre terminado em agosto de 2019, o nível da ocupação era de 54,7%.

Dados locais - Em Mato Grosso do Sul, os números de setembro fecharam no positivo, ao contrário da tendência nacional. Foram 3.049 postos formais de trabalho segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. De todas as vagas criadas, Campo Grande foi responsável por 1.246.

Os setores que mais empregaram foram de serviços e indústria, com 1.097 e 1.015 vagas criadas em cada um no mês passado. Comércio rendeu 842 vagas; agropecuária, 228 e a construção civil teve redução de 133 postos de trabalho no mês passado.

Das 3.049 vagas, 2.471 são de profissionais com o Ensino Médio completo e maior parte das vagas foram ocupadas por mulheres (1.677).


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