Família dona de fazenda é autorizada por indígenas a deixar propriedade
Os proprietários da fazenda Esperança, em Aquidauana, começaram a deixar a propriedade nesta manhã (1) após autorização dos indígenas que invadiram o local desde ontem (31).
De acordo com informações do sargento da Polícia Militar, Juliano Maciel, funcionários da fazenda já deixaram o local e o pecuarista Nilton Carvalho da Silva Filho, a esposa dele e os dois filhos, já se preparam para a saída da área.
Ontem, os indígenas deram um prazo de 24 horas para a família deixar a propriedade. O prazo venceu às 7 horas deste sábado.
A liberação da família se deu por conta de uma informação recebida pelos indígenas de que um possível um acordo teria sido firmado na reunião que ocorreu em Campo Grande entre membros do Fórum Nacional de Assuntos Fundiários e o representante do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Rodrigo Rigamonte, com autoridades de Mato Grosso do Sul CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
A entrada a propriedade já foi liberada, mas os terenas não permitiram a passagem da imprensa.
Pelo menos 800 indígenas estão no local. Eles fazem parte de sete aldeias de Aquidauana e reivindicam a ampliação da terra indígena Taunay Ipegue. Em Aquidauana, os índios vivem em pouco mais de 6 mil hectares, mas lutam pela ampliação para 33 mil. Essa área já foi identificada como indígena por estudos antropológicos e abrange todo o distrito de Taunay, que hoje tem 93 imóveis.
Os índios que estão na fazenda Esperança vieram das aldeias Taunay, Ipegue, Colônia Nova, Água Branca, Imbirussu. Bananal e Lagoinha. No total, estima-se que vivam naquela região entre 7 mil e 9 mil indígenas.