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Cidades

Prazo termina e família continua em fazenda invadida por terenas

Francisco Júnior e Aliny Mary Dias, de Aquidauana | 01/06/2013 09:29
Índios bloquearam acesso a fazenda. (Foto: Marcos Ermínio)
Índios bloquearam acesso a fazenda. (Foto: Marcos Ermínio)

O pecuarista Nilton Carvalho da Silva Filho, a esposa e dois filhos permanecem na fazenda Esperança, em Aquidauana, mesmo com o fim do prazo de 24 horas dado pelos indígenas Terenas, que invadiram o local desde ontem. Conforme ordem dos índios, a família teria que ter deixado a propriedade por volta das 7 horas.

Porém, os indígenas vão aguardar até 10 horas, quando acontece em Campo Grande um reunião entre o coordenador do Fórum Nacional de Assuntos Fundiários e o representante do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Rodrigo Rigamonte, com autoridades de Mato Grosso do Sul CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para decidir sobre a expulsão do proprietário da sede da fazenda.

São pelo menos 800 indígenas que estão no local. Todos os acessos à fazenda estão bloqueados. A imprensa não foi liberada para chegar até a propriedade.

O bloqueio foi montado cerca de 15 quilômetros da sede da fazenda, que fica na região do distrito de Taunay. Os indígenas estão com os corpos pintados e armados e com arcos e flechas.

Apenas o sargento Juliano Maciel, do destacamento do distrito Taunay, foi autorizado a entrar para negociar com os indígenas.

Os índios fazem parte de sete aldeias de Aquidauana e reivindicam a ampliação da terra indígena Taunay Ipegue. Em Aquidauana, os índios vivem em pouco mais de 6 mil hectares, mas lutam pela ampliação para 33 mil. Essa área já foi identificada como indígena por estudos antropológicos e abrange todo o distrito de Taunay, que hoje tem 93 imóveis.

Os índios que estão na fazenda Esperança vieram das aldeias Taunay, Ipegue, Colônia Nova, Água Branca, Imbirussu. Bananal e Lagoinha. No total, estima-se que vivem entre 7mil a 9 mil indígenas.

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