Furto de energia gera perda de R$ 46 milhões; quem paga é o consumidor
O rombo causado por fraudes e furto de energia elétrica em Mato Grosso do Sul alcançou R$ 46 milhões em 2015, segundo dados da Energisa/MS, um prejuízo com o qual o consumidor tem de arcar na tarifa de energia elétrica.
Na última semana uma operação em conjunto com a Polícia Civil identificou em Campo Grande 41 prédios entre comércios e residências que contrataram serviços de um leiturista acusado de fraudar as contas, anotando valores inferiores aos registrados pelo relógio.
O leiturista, preso em flagrante, lucrava R$ 10 mil mensais com a venda das contas forjadas. O montante perdido com este caso ainda não foi apurado pela empresa, mas a Polícia Civil informou que os prejuízos estão na casa dos milhões de reais.
Além de configurarem crime, as perdas com fraudes e furtos impactam diretamente na tarifa do consumidor e integram cálculo para reajuste que todos os anos a concessionária entrega à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). “Hoje, 7% da composição da tarifa de energia elétrica são referentes à perda”, informa a concessionária.
Quando se fala em ligações clandestinas, a preocupação é redobrada, porque sobrecarregam o sistema de distribuição e podem causar acidentes.
Flagrante – Em nota, a Energisa revelou que o esquema envolvendo o leiturista foi descoberto durante inspeções de rotina realizada em unidades consumidoras da Capital, baseadas em informação do sistema inteligente de combate a perdas da companhia.
O delegado reforçou que quando as irregularidades foram descobertas a empresa passou a monitorar o funcionário terceirizado, que foi preso em flagrante, na tarde de quinta-feira, quando recebia de mais um “cliente” pela manipulação no consumo de energia.
Nos casos em que a fraude envolve desvio no medidor, os fiscais vão ao local, retiram o aparelho e o encaminham ao Inmetro para que emita laudo. Se o laudo comprovar a fraude, o cliente é notificado e recebe a cobrança, procedimento administrativo que não o isenta de responder criminalmente.
Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo telefone 0800 722 7272.