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Cidades

Governo aumenta em 56% verba da UEMS para construir nova sede

Lidiane Kober e Edivaldo Bitencourt | 19/10/2013 09:11

O Governo do Estado prevê aumento de 56,19% no orçamento da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) no próximo ano, conforme peça orçamentária, enviada dia 15 à Assembleia Legislativa. O crescimento, segundo o presidente da Aduems (Associação dos Docentes da universidade), Wilson Brum Trindade Júnior, será revertido na construção de unidade em Campo Grande e de novo bloco em Dourados e não atende o apelo da comunidade escolar por mais recursos para custeio e melhorias nos campus.

De acordo com o Orçamento do Estado de 2014, a meta do governo é destinar R$ 178,12 milhões, R$ 64,16 milhões a mais do que os R$ 113,96 milhões previstos para este ano. Do total, R$ 53,5 milhões deverão ser aplicados na construção da unidade da UEMS na Capital, com curso de medicina e na construção do Bloco “G”, em Dourados.

Com base nos números, divulgados no lançamento do programa MS Forte 2, serão destinados R$ 10,66 milhões a mais para à faculdade em 2014. O total é 9,3% maior ao repassado no ano passado. Por outro lado, a previsão é de a arrecadação do Estado crescer 12,77% e atingir pouco mais de R$ 12 bilhões.

“Mais uma vez o governador (André Puccinelli), repassará à universidade valor inferior ao percentual de crescimento da receita do Estado. Por isso, ele acabou com a lei que vinculava a arrecadação com o repasse à instituição. Antes, a previsão era destinar 3% da receita, mas, hoje, o repasse não passa de 1,3%”, disse o presidente da Aduems.

O resultado, segundo ele, é o sucateamento da universidade. “Faltam laboratórios, equipamentos, acervos bibliográficos e as salas estão se deteriorizando por falta de investimentos”, comentou. “O acadêmico sofre por ter uma formação mais teórica e menos técnica”, emendou. Atualmente, 94% da receita repassada à instituição é revertida no pagamento da folha salarial.

Novas unidades - A unidade em Campo Grande será feita ao lado do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul0, na saída para Aquidauana. Segundo o governo, o campus atenderá em média 1,8 mil alunos e mais 24 mil usuários de serviços de saúde por ano, após o sexto ano de implantação da faculdade de medicina. 

Sobre a ampliação da unidade de Dourados, a previsão é abrir mais 500 vagas. Juntas, de acordo com o Executivo, as duas unidades deverão gerar mais de 350 empregos na educação superior.

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