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Cidades

Governo estuda decreto de emergência para garantir verba extra a agentes

Flávia Lima | 14/01/2016 12:56
Agentes podem ter pagamento de produtividade agilizado com decreto. (Foto:Divulgação)
Agentes podem ter pagamento de produtividade agilizado com decreto. (Foto:Divulgação)

O secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Nelson Tavares, disse ao Campo Grande News na manhã desta quinta-feira (14) que o governo do Estado pode decretar estado de emergência devido ao índice de infestação do mosquito Aedes aegypti na maioria dos 79 municípios.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela secretaria de Saúde, janeiro começou com 1.785 casos suspeitos de dengue, um índice 800% maior do que o registrado no mesmo período de 2015.

Segundo o secretário, entre as principais medidas que serão agilizadas com o decreto, está o amparo legal para a gestão efetuar o pagamento da produtividade prometido a cinco mil agentes de endemias. "Estamos montando um relatório para executar esse pagamento, mas não sei se conseguiremos esse amparo de forma rápida", explica.

Nelson Tavares ressalta que o trabalho dos agentes é primordial para o sucesso das ações e que por isso o governo vem investindo na implantação de tecnologias que garantam os relatórios em tempo real das situações encontradas nos domicílios. "As visitas não eram eficazes porque os levantamentos eram registrados em papel e as informações demoravam para chegar na secretaria", afirma.

Outro ponto que o estado de emergência contribuiria é quanto a mudança no combate aos focos. Atualmente, em 90% das ações é utilizado um agente biológico para eliminar as larvas do mosquito. No entanto, o secretário explica que existem estudos que questionam a eficácia desse combate em locais com áreas extensas, como lagoas e piscinas.

"Nesses casos, acreditamos que o ideal seria a aplicação de inseticidas, que surtiriam efeito mais rápido. Também há uma discussão se esse agente biológico é eficiente em todos os estágios de desenvolvimento da larva", ressalta,

Ocorre que para realizar essas alterações, é preciso apoio legal, o que seria agilizado através do decreto. O secretário ainda admite que o pode público não tem capacidade para combater a epidemia da doença, por isso está mobilizando órgãos, instituições e lideranças comunitárias para auxiliar no combate.

A vice-governadora, Rose Modesto, confirmou essa mobilização e disse, durante visita às obras do Hospital do Câncer na Capital, nesta quinta-feira, que na próxima segunda-feira (17) haverá uma reunião do governo com todos os secretários de saúde do interior para avaliar o trabalho do comitê estadual montado para combater a epidemia nos municípios.

"Vamos chamar todas as lideranças para sensibilizar a população. O governo tem uma responsabilidade grande, mas sem a participação de todos, não vamos conseguir vencer", destacou Rose.

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