Greve dos agentes pode interferir em programa de combate à dengue
Paralisação ocorre em momento inoportuno
Apesar de a greve dos agentes de saúde de Campo Grande, que hoje completa hoje 10 dias, ser um problema relacionado à prefeitura, a secretaria de estado de Saúde espera que a questão seja resolvida o mais rápido possível para não interferir no programa de combate à doença.
Segundo o diretor de vigilância Eugênio de Barros, a greve dos trabalhadores não vem em boa hora. “Essa questão é muito inoportuna no momento. Os grevistas deveriam ter considerado isso e tentado em outro momento”, afirma.
O Ministério da Saúde classificou Mato Grosso do Sul como um dos 5 estados com alto risco de proliferação da doença, em uma lista com 16 unidades da federação. Barros garante que a notícia não é novidade e as ações de combate são planejadas e não há motivo para alarde.
“Nós estamos trabalhando o ano inteiro. Compramos material, estamos com materiais distribuídos. Inclusive sabemos detalhadamente as áreas de risco no Estado”, disse o diretor.
No entanto, a greve poderia prejudicar o andamento do cronograma. “Essa é uma questão da prefeitura e o Estado espera que todos os municípios, inclusive Campo Grande, consigam fazer as suas visitas e manter o índice de pendência baixo”, afirma Barros.
Paralisação - Os agentes reivindicam aumento salarial de R$ 700,00 para R$ 2.100,00. A Prefeitura se nega a negociar enquanto os servidores estiverem parados.
O sindicato anunciou que pretende manter a greve por tempo indeterminado, mesmo depois da abertura de processos administrativos disciplinares e a convocação de agentes de saúde pela Prefeitura de Campo Grande para esclarecimentos.
Cerca de 600 dos 900 agentes de saúde e de controle de epidemiologia estão parados, de acordo com o sindicato. Eles se reuniram nesta manhã na sede do PPS, no bairro Monte Líbano, e decidiram procurar o governo federal.