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Cidades

Greve dos bancários afeta depósitos e pagamentos, mas não atinge saques

Thiago de Souza | 17/10/2015 14:00
Movimentação na Agência Central do Banco do Brasil era pequena. (Foto: Gerson Walber)
Movimentação na Agência Central do Banco do Brasil era pequena. (Foto: Gerson Walber)
Misael Trajano espera o fim da greve para pagar casa e carro. (Foto: Gerson Walber)
Misael Trajano espera o fim da greve para pagar casa e carro. (Foto: Gerson Walber)

Em seu 12º dia, a greve nacional dos bancários paralisou 143 agências em Mato Grosso do Sul e tem prejudicado alguns serviços para os clientes, principalmente aqueles que envolvem grandes quantias em dinheiro, seja para depósito ou pagamento de contas.

Na agência do Banco do Brasil, no cruzamento das Avenidas Afonso Pena e Rua 13 de Maio, no centro da Capital, o movimento de clientes nos caixas eletrônicos era pequeno. No local, de alta circulação de pessoas, apenas quatro realizavam algum tipo de serviço.

O casal Nocyr Ferreira, 79, e Isa de Souza foram sacar dinheiro e não tiveram problema. Mas para a policial civil Márcia Franco,38, a greve traz transtornos a população. "É lógico que traz. Precisei descontar um cheque de um valor considerável e não consegui", reclamou a funcionária pública. Franco diz ainda que a greve traz insegurança a clientes que usam os caixas de autoatendimento. "Não tem ninguém para ajudar as pessoas com dúvidas, principalmente as mais idosas", concluiu a policial.

Ainda na Avenida Afonso Pena, porém próximo à Rua Bahia, na agência da Caixa Econômica Federal, só havia uma pessoa utilizando o caixa. O pintor automotivo Misael Carlos Trajano, 26, não vai poder realizar determinadas operações até o fim da greve. "Deixei de quitar minha casa e a moto. Vou pagando as parcelas normalmente e assim que a greve acabar pago tudo", relatou o cliente.

Em todas as agências visitadas, não havia falta de envelopes para depósitos nem falta de dinheiro nos caixas eletrônicos.

Entrevistado nessa sexta-feira (16), o presidente do sindicato dos Bancários da Capital, Edivaldo Barros, disse que a falta de interesse dos banqueiros em chamar para uma negociação é sinal de desrespeito aos clientes.

A categoria pede um reajuste de 16%, sendo 5,6% de aumento real e 9,88% referentes à perda da inflação, além de mais contratações e segurança, A Fenaban ofereceu apenas de 5,5%. A paralisação, segundo o sindicato é por tempo indeterminado.

Ainda segundo o sindicato, alguns postos de atendimento bancário, que funcionam em órgãos públicos podem estar abertos, mas de forma eventual.

No final da manhã deste sábado, o Campo Grande News entrou em contato com o Sindicato dos Bancários, mas as ligações não foram atendidas. 

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