Ação contra importação ilegal de eletrônicos tem alvo em MS
Mandados estão sendo cumpridos em Ponta Porã, interior paulista e em Mato Grosso
Na segunda operação conjunta desta quarta-feira (16), a Receita Federal e a Polícia Federal cumprem 50 mandados de busca e apreensão contra esquema financeiro usado para pagamento de eletrônicos importados de forma clandestina. O grupo criminoso é suspeito de movimentar R$ 120 milhões em menos de dois anos.
Em Mato Grosso do Sul, mandados da Operação SIGN OFF foram cumpridos na cidade de Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande), na linha internacional com Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Também foram feitas buscas em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Alta Floresta e Rondonópolis, em Mato Grosso, e Ribeirão Preto, em São Paulo.
De acordo com a Receita, a organização criminosa é responsável por esquema financeiro desenvolvido para pagamento de produtos de origem estrangeira que são vendidos no mercado paralelo de eletrônicos. São 180 policiais federais e 74 auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal envolvidos na operação.
A Justiça determinou a suspensão de atividades econômicas das empresas intermediadoras dos recursos, sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio de criptoativos e de valores em contas bancárias. Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal de Mato Grosso.
Durante as investigações, PF e Receita identificaram que o grupo investigado movimentava altos valores recebidos dos comerciantes de eletrônicos em contas de empresas “de fachada”, registradas em nome de “laranjas”.
O objetivo era dissimular a origem e a finalidade de remessa de dinheiro ao exterior para o pagamento de eletrônicos. Conforme a investigação, somente em um ano e meio, o esquema teria movimentado pelo menos R$ 120 milhões.
Mandados de busca foram cumpridos em endereços ligados aos responsáveis pelo esquema financeiro e aos comerciantes e fornecedores identificados durante o inquérito policial. Os alvos são investigados por descaminho, organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de capitais.
Redes sociais – De acordo com a Polícia Federal em Mato Grosso, que conduziu as investigações, os envolvidos foram identificados após postagens em redes sociais de venda de eletrônicos, como celulares, iPhads, caixas de som e videogame.
Os envolvidos são principalmente comerciantes de eletrônicos da capital mato-grossense, que usavam empresas de fachada e “laranjas” para importar os produtos, que entravam através de Ponta Porã. Houve uma prisão em flagrante durante as buscas, mas o local onde ocorreu ainda não foi informado.
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