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Interior

Ação que mira desvio em Maracaju investiga 19 empresas de 4 cidades de MS

Três empresas são de Campo Grande, treze de Maracaju, duas de Ponta Porã e uma de Corumbá

Helio de Freitas, de Dourados | 22/09/2021 15:13
Viatura da Polícia Civil em frente a endereço de uma das empresas, em Maracaju. (Foto: Tudo do MS)
Viatura da Polícia Civil em frente a endereço de uma das empresas, em Maracaju. (Foto: Tudo do MS)

A Operação Dark Money, deflagrada hoje (22) pela Polícia Civil para desmontar esquema de corrupção na Prefeitura de Maracaju (a 160 km de Campo Grande), investiga 19 empresas suspeitas de receber dinheiro desviado do cofre público através de conta bancária “fantasma”.

São 13 empresas localizadas em Maracaju, 3 na Capital, 2 em Ponta Porã e 1 em Corumbá. A investigação mostra que 600 lâminas de cheque dessa conta “fantasma” foram emitidas para pagamentos destinados a essas empresas em 2019 e 2020, dois últimos anos da administração do ex-prefeito Maurílio Azambuja (MDB).

O valor que teria sido desviado supera os R$ 23 milhões, segundo o Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado), que coordena a operação. Os pagamentos beneficiaram empresas que sequer tinham relação jurídica com a prefeitura, como licitação, contrato ou outro meio legal para amparar a transação financeira.

O Campo Grande News apurou que as 19 empresas foram alvos hoje de mandados de busca e apreensão. Farta quantidade de documentos, anotações, notas fiscais e computadores foram apreendidos.

Em Maracaju, os mandados foram cumpridos na Pré-moldados Maracaju, LP Móveis Novos e Usados, Tapeçaria Lobo, Sartori Comércio de Veículos, Tacarejo Bebidas, ALB Funilaria e Pintura, Enzo Auto Peças e Mecânica, Auto Posto Precinato, Pedro A. Souza Pinto Serviços Médicos, Nova Opção Estruturas Metálicas, Centro Automotivo São José, Eco-Tex Auto Posto e Hotel e Pousada da Terra.

Em Campo Grande, buscas foram feitas na Construtora IAL, MRL Comércio de Materiais Elétricos e Comercial Salim. Em Corumbá, as buscas atingiram a sede local da Tacarejo Bebidas. Já em Ponta Porã, buscas foram feitas na JA Engenharia e CF Construções e Engenharia.

Mandados de busca também foram cumpridos nos endereços dos sete investigados que tiveram a prisão temporária decretada pelo juiz Marco Antonio Montagnana Morais – o ex-prefeito Maurílio Azambuja, os ex-secretário de Finanças Lenilso Carvalho Antunes e Daiana Cristina Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Victor.

Lenilso foi preso em Umuarama (PR) por policiais paranaenses. Maurílio Azambuja não foi localizado e está sendo considerado foragido. Os demais já foram levados para Campo Grande, para depoimento na sede do Dracco.

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