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Interior

Achado morto com mãos amarradas, jovem gravou recado para facção

Simpatizante do Comando Vermelho, rapaz foi executado com tiro na cabeça e corpo jogado em rua de terra

Helio de Freitas, de Dourados | 30/07/2018 16:43
Douglas de Moraes foi julgado pelo chamado “tribunal do crime” por fazer oposição ao PCC (Foto: Reprodução)
Douglas de Moraes foi julgado pelo chamado “tribunal do crime” por fazer oposição ao PCC (Foto: Reprodução)

Douglas Sarat de Moraes, 18, encontrado com as mãos e os pés amarrados e executado com um tiro na cabeça em Dourados, a 233 km de Campo Grande, foi vítima do chamado “tribunal do crime”, assassinatos de rivais praticados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em vídeo que começou a circular em grupos de WhattsApp nesta tarde, o rapaz admite ser simpatizante do Comando Vermelho, a facção criminosa carioca e principal inimiga do PCC em Mato Grosso do Sul.

O corpo do rapaz foi encontrado na manhã de domingo (29) em uma estrada que liga os bairros Estrela Verá e Jardim Guaicurus, na região sul de Dourados. Ele estava de bruços com as mãos e os pés amarrados com corda de nylon. Foi executado com tiro na cabeça que transfixou o rosto.

“Meu nome é Douglas, sou de Dourados. Corri pelo lado do CV [Comando Vermelho], eu e mais uns caras. Estávamos fazendo uma casinha para matar os PCC aqui de Dourados, mas, não vai dar não. O PCC é muito forte, quem comanda aqui é o PCC, e é isso”, diz o rapaz no vídeo – que pode ser assistido abaixo – gravado por pessoas não identificadas.

“Todos têm que seguir o PCC, maior grupo do mundo. Aviso para vocês do CV que estão vindo para Dourados, Campo Grande e que estão aqui, sair vazado ou rasgar a camisa. Quem vai dominar é o PCC, Primeiro Comando da Capital. Nós somos simpatizantes do CV e caímos na mão do PCC agora. O PCC chegou chegando, rasgando tudo... Vocês dão tchau para o trem e é isso”, disse Douglas, repetindo palavras ditas por um dos assassinos.

Ao contrário de outros casos ocorridos em Mato Grosso do Sul, o vídeo com o “julgamento” de Douglas não mostra a execução.

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