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Capital

Em meio a dor, pais agradecem solidariedade que permitiu enterro de jornalista

Karlos Luna faleceu no dia 26 de janeiro em Londres; velório ocorreu nesta tarde em Campo Grande

Por Jéssica Fernandes | 23/02/2025 16:40
Em meio a dor, pais agradecem solidariedade que permitiu enterro de jornalista
Famílias e amigos acompanham velório do jornalista Karlos Luna na tarde deste domingo. (Foto: Paulo Francis)

Se passaram quase 30 dias desde que os pais de Antônio Carlos de Santana, jornalista que profissionalmente usava o nome Karlos Luna, receberam a notícia de que o filho tinha morrido, sozinho, em Londres. O velório foi realizado na tarde deste domingo (23), em Campo Grande, após a família conseguir doações para realizar o translado do corpo.

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Após quase 30 dias da morte de Karlos Luna em Londres, seu corpo foi velado em Campo Grande, graças a doações que viabilizaram o translado. Amigos e familiares se reuniram para se despedir do jornalista de 43 anos, falecido em 26 de janeiro. Luan Barbosa, irmão de Karlos, destacou a solidariedade recebida durante a campanha de arrecadação. A mãe, Maria Aparecida, expressou alívio por conseguir realizar o velório no Brasil, apesar da dor da perda. Amigos lembraram Karlos como uma pessoa amável e solidária.

Familiares e amigos se reuniram no Park Monte das Oliveiras para o último adeus ao jornalista, que faleceu no dia 26 de janeiro, aos 43 anos. Irmão mais novo de Karlos, Luan Barbosa, de 25 anos, foi responsável por lançar a campanha de arrecadação para pagar as despesas do traslado até o Brasil. Ele comenta que ficou comovido ao ver o apoio que a família recebeu durante esse processo.

“Eu me sinto muito surpreendido até agora com toda mobilização, de pessoas que não o conheciam. Foi muito importante a divulgação da mídia, as reportagens que a gente conseguiu e teve oportunidade de fazer. É um sentimento de muita tristeza, mas muita gratidão e muita esperança de que existem muitas pessoas boas”, afirma.

Em meio a dor, pais agradecem solidariedade que permitiu enterro de jornalista
Luan fala sobre campanha que conseguiu trazer o corpo do irmão para MS. (Foto: Paulo Francis)

Ao falar sobre Karlos, ele cita o quanto ele era uma pessoa bondosa, seja com pessoas conhecidas ou não. “Ele sempre foi uma pessoa muito amável, ele se importava demais. Sempre muito responsável com as coisas dele e ele sempre se preocupava com pessoas  como se fosse alguém da família”, diz.

Depois de receber a notícia que o filho tinha falecido em Londres, Maria Aparecida Santana Luna, de 64 anos, fala sobre o medo de não conseguir o trazer para Campo Grande. “A gente via reportagens de pessoas assim que iam pra lá e os familiares não conseguiam trazer. [...] Pessoas chegavam e falavam: ‘Você tem que estar preparada para ir pra lá’. Eu falava que era fora de cogitação, que ele iria vir”, conta.

Nos últimos dias, ela menciona como foi surpreendente encontrar uma rede de apoio e disposta em ajudar no retorno de Karlos. “Fiquei muito surpresa pela união dos amigos, da força. Foi uma coisa divina a solidariedade das pessoas”, frisa.

Em meio a dor, pais agradecem solidariedade que permitiu enterro de jornalista
Após semanas, Maria fala sobre alívio de conseguir velar o corpo do filho. (Foto: Paulo Francis)

Apesar da dor da perda, Maria enfatiza que foi um alívio conseguir realizar o velório do filho. “Eu tô feliz por um lado dele estar aqui. Não era a maneira que eu queria que ele estivesse, mas foi a maneira que eu achei para consolar meu coração. Se ele ficasse lá para mim seria pior”, pontua.

Valéria Cristina, de 40 anos, era amiga de longa data do jornalista. Mesmo após ele sair do Brasil, em 2018, o contato deles seguiu firme como sempre. “Ele falava que a gente foi trocado na maternidade, porque éramos como irmãos”, recorda. Ao falar mais sobre o amigo, ela o resume em uma frase. “Ele era uma pessoa maravilhosa”, pontua.

Em meio a dor, pais agradecem solidariedade que permitiu enterro de jornalista
Amiga de longa data do jornalista, Valéria diz que ele era maravilhoso. (Foto: Paulo Francis)

Morte - Vítima da depressão, Karlos morreu no dia 26 do mês passado. O sonho dele era morar em Londres e em 2018 ele saiu do Estado em direção à Inglaterra onde vivia. Já em 2023, ele voltou à Capital onde ficou seis meses realizando tratamento por conta da depressão. No mesmo ano, o jornalista regressou a Londres.

Para conseguir trazer o corpo de Karlos para Mato Grosso do Sul, a família dele pediu ajuda para arrecadar R$ 90 mil. Neste domingo (23), Luan explicou que foi levantado cerca de R$ 14 mil, quantia necessária para o trâmite do translado.

Ajuda - O Campo Grande News aproveita para informar que na Capital, o GAV (Grupo Amor Vida) presta um serviço gratuito de apoio emocional a pessoas em crise através do telefone 0800 750 5554. Ligue sempre que precisar! O horário de funcionamento é das 7h às 23h, inclusive, sábados, domingos e feriados.

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Karlos Luna morreu no dia 26 de janeiro, em Londres. (Foto: Arquivo pessoal)

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