Agência antidrogas prende quatro por lavagem de dinheiro do tráfico
Alvos fazem parte de grupo empresarial vinculado ao Clã Insfran, que envia cargas de cocaína ao exterior
Pelo menos quatro pessoas foram presas durante seis mandados de busca cumpridos na manhã desta quinta-feira (26) pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai no departamento de Canindeyú, na fronteira com Mato Grosso do Sul. Entre os presos está uma brasileira.
Os alvos pertencem ao grupo empresarial Odorico, vinculado ao Clã Insfran – organização criminosa acusada de enviar grandes carregamentos de cocaína para países da África, Ásia e Europa. Segundo a Senad, empresas do grupo Odorico são usadas na lavagem de dinheiro das drogas.
As buscas e prisões cumpridas hoje fazem parte de “A Ultranza PY”, maior ofensiva já feita em território paraguaio contra o crime organizado. A operação começou em 2021, mas os principais líderes do Clã Insfran continuam foragidos.
De acordo com a agência antidrogas do Paraguai, entre as empresas suspeitas de lavagem de dinheiro do tráfico estão agropecuárias e transportadoras administradas por membros da família Odorico, formada por cidadãos brasileiros e paraguaios.
Operando juntos, os dois clãs teriam montado outras empresas de fachada para movimentar o dinheiro do narcotráfico através de transporte, criação de gado e compra de bens móveis e imóveis. Até uma cooperativa é investigada por descontar cheques milionários do esquema.
As buscas ocorreram em Curuguaty, a 60 km de Paranhos (MS). Entre os locais vistoriados estão três casas particulares, um estacionamento de caminhões, oficinas e uma propriedade rural de 40 hectares.
Foram presos durante as buscas os paraguaios Cleiton Rogerio Schneider Schmitt, 31, Marina Nathalia Aranda Odorico, 26, Edson Fernando de Lima Odorico, 19, e a brasileira Jocilene Odorico, 51. Três carros, uma caminhonete, celulares e documentos foram aprendidos. A propriedade rural foi confiscada.