Após apoio, alunos criticam greve e pedem retorno de aulas na UFGD
Universitários aderiram à paralisação, mas após quatro meses sem aula marcaram assembleia para decidir se mantêm ou não apoio
Estudantes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) marcaram assembleia para esta sexta-feira (2) para decidir se mantêm ou não apoio à greve de servidores administrativos e professores. A paralisação, que ocorre em todas as instituições federais de ensino público superior do país, começou em maio e no início teve adesão dos acadêmicos, que agora estão preocupados com a greve de mais de 120 dias.
Franklin Schmalz, estudante de relações internacionais da UFGD e porta-voz do comando de greve estudantil, convocou os acadêmicos para a assembleia, amanhã às 19h, no auditório da Unidade 1 da universidade. Segundo ele, para ter caráter deliberativo a reunião precisa contar com a participação de 2% dos 7.427 estudantes da graduação presencial.
De acordo com Franklin Schmalz, a decisão pela greve estudantil, em apoio aos 950 servidores administrativos e 520 professores, ocorreu no dia 1º de junho, com 138 votos a favor, 41 contrários e nove abstenções. Desde então os acadêmicos participam das mobilizações dos grevistas.
“A greve dos professores e técnicos, iniciada em 28 de maio, já completou mais de quatro meses. Após esse longo tempo de paralisação, muitos estudantes começam a pedir a volta às aulas, principalmente neste momento em que os técnicos sinalizam a assinatura de um acordo com o governo”, afirma Franklin Schmalz.
A pauta da assembleia desta sexta inclui avaliação dos quatro meses de greve, continuidade ou não do apoio aos professores e administrativos, continuidade ou não da greve estudantil e mobilização dos estudantes da UFGD.