Após confronto, Paraguai segue sem pistas de ex-vice-presidente sequestrado
Óscar Denis foi levado em setembro, mas governo não sabe se ele ainda está vivo
A polícia e os militares paraguaios seguem sem pistas do ex-vice-presidente da República Óscar Denis Sánchez, 74, sequestrado há 74 dias por guerrilheiros do grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio).
Na sexta-feira (20), três integrantes do EPP foram mortos em confronto com militares da FTC (Força-Tarefa Conjunta), grupo de elite das forças armadas paraguaias, criado justamente para combater os terroristas.
O local do confronto fica a 60 quilômetros de Mato Grosso do Sul, na região entre Ponta Porã e Aral Moreira. Entretanto, não foram encontrados indícios de que o ex-vice-presidente estivesse no local.
Nesta segunda-feira (23), o chefe antissequestro da Polícia Nacional, comissário Nimio Cardozo, admitiu em entrevista à rádio ABC Cardinal não existir prova de que Óscar Denis esteja vivo. “Não tenho nenhum elemento que me diga que o senhor Óscar Denis está morto ou está vivo, mas trabalho com a linha de pensamento de que está com vida”.
Cardozo confirmou que Adelio Mendoza, empregado de Óscar sequestrado com o patrão e libertado no dia seguinte, apontou um dos mortos na sexta-feira como parte do grupo que levou o ex-vice-presidente no dia 9 de setembro.
O guerrilheiro identificado como Esteban Marín López seria o líder do grupo que levou Óscar Denis de sua fazenda na região próxima a Bela Vista (MS). Segundo a polícia paraguaia, atualmente ele era o chefe operacional do EPP, que tem como principais líderes os irmãos Osvaldo e Carmen Villalba.