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Após enchente, vereador é internado com suspeita de leptospirose

Dinho Vidal teria contraído doença durante cheia do rio Aquidauana. Ele foi internado no Hospital Universitário com sintomas da leptospirose e já reage ao tratamento

Humberto Marques | 09/03/2018 17:52
Dinho Vidal foi internado no HU com suspeita da doença e tem reagido bem ao tratamento, segundo familiares. (Foto: Reprodução/Facebook)
Dinho Vidal foi internado no HU com suspeita da doença e tem reagido bem ao tratamento, segundo familiares. (Foto: Reprodução/Facebook)

O vereador Wander Alves Meleiro, o Dinho Vital (DEM), de Anastácio –a 135 km de Campo Grande–, está internado no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, na Capital, onde aguarda resultados de exames para confirmar o diagnóstico de leptospirose. Vital teria contraído a doença em fevereiro, durante as chuvas intensas que causaram a cheia do rio Aquidauana, causando alagamentos nas duas cidades.

A suspeita de infecção por leptospira foi dada em Aquidauana, de onde foi recomendada a transferência a Campo Grande. O vereador foi internado na quarta-feira (7) no HU, onde começou a receber o tratamento para a doença e, segundo sua mulher, Mary Beltrão, está reagindo bem à medicação.

“Está sob investigação, não é conclusivo [o diagnóstico]. Mas jká estão tratando os sintomas da doença, que ele apresenta”, afirmou Mary. Ela disse que a principal suspeita é que o contágio pela bactéria causadora da leptospirose ocorreu durante as enchentes nas duas cidades durante a segunda quinzena de fevereiro.

“Ele teve contato com a água da enchente na casa da mãe dele, onde foi a ajudar, pois são ribeirinho, e na rádio que ele administra. Pegou água nos dois locais”, explicou Mary.

Rio Aquidauana alagou partes de Aquidauana e Anastácio em fevereiro. (Foto: André Bittar/Arquivo)
Rio Aquidauana alagou partes de Aquidauana e Anastácio em fevereiro. (Foto: André Bittar/Arquivo)

No HU, Dinho Vital foi levado para o CTI (Centro de Terapia Intensiva), na área vermelha logo após a transferência. Depois foi para a ala amarela e, hoje, saiu do quadro de risco com o aumento das plaquetas no sangue, sendo transferido para o setor de Infectologia. “Ele está evoluindo ao antibiótico, respondendo bem ao tratamento”, disse a esposa.

Contágio – Infecciosa, a leptospirose é transmitida para o homem pela urina de roedores, segundo informações do Ministério da Saúde. Porém, pode ser encontrada também nos dejetos de outros animais, inclusive domésticos, que podem adoecer e, eventualmente, passar a doença aos seres humanos.

O risco de letalidade pode chegar a 40% em casos mais graves. A ocorrência está relacionada às condições de infraestrutura sanitária e presença de animais infectados, com a infecção sendo intensificada por conta de inundações, que acabam mantendo a bactéria Leptospira no ambiente –misturada à enxurrada e à lama, que podem causar contaminação pelo contato.

A bactéria entra no organismo por meio de arranhões e ferimentos. Em caso de longos períodos de imersão na água contaminada, o contágio ocorre mesmo com a pele íntegra

Os sintomas principais da doença incluem febre, dores de cabeça e no corpo, principalmente nas panturrilhas. Vômito, diarreia e tosse também podem ocorrer. Nos casos mais graves geralmente são registrados icterícia (pele e olhos amarelados) sangramento e alterações urinárias, demandando internação.

O período de incubação da doença varia de um a 30 dias, embora seja mais comum ocorrer entre sete e 14 dias após a exposição às situações de risco.

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