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Interior

Após morte, policiais entregam chaves, presos ficam sem comida e se rebelam

Renata Volpe Haddad | 26/11/2015 14:46
Presos estão sem comida desde ontem e começaram a se rebelar queimando colchões e quebrando grade de celas. (Foto: Chapadense News/ Divulgação)
Presos estão sem comida desde ontem e começaram a se rebelar queimando colchões e quebrando grade de celas. (Foto: Chapadense News/ Divulgação)

Os agentes da Polícia Civil de Chapadão do Sul, distante 321 km de Campo Grande, entregaram as chaves das celas na tarde de ontem (25), após a morte do investigador Anderson Garcia da Costa. Os presos estão sem comida e começaram a se rebelar.

O delegado Danilo Mansur informou, que na delegacia estão detidos 24 homens. Eles estão sem alimentação desde ontem. "Custodiar preso não é serviço de investigador e com a entrega das chaves, os detentos estão sem comer desde ontem e eles já quebraram grades de uma cela e colocaram fogo em colchão", comenta.

Com isso, Mansur se reuniu com o juiz do município para poder achar uma solução provisória. "A princípio, o juiz acionou a Polícia Militar para poder fazer o atendimento aos presos, pelo menos provisoriamente, mas isso também não é serviço deles e sim de agentes penitenciários", explica.

A delegacia de Chapadão do Sul tem capacidade para oito presos com máximo de 12 detentos, porém, hoje na delegacia, são 24 que estão no local há quase quatro meses, a maioria acusados de tráfico. "Estamos com uma cela interditada, o que está dificultando ainda mais a situação", afirma.

Outros problemas – Ainda conforme Mansur, a delegacia apresenta vários problemas, como exemplo, entupimento de fossa. "A fossa sempre entope e quando isso acontece, os presos evacuam em sacos plásticos ou em embalagens e entregam aos investigadores. Eles cansaram disso", pontua.

Amanhã (27) está marcada uma reunião com o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) para discutir sobre a entrega das chaves e qual será a solução para a atual situação. "Até lá, os presos ficam sem alimentação e aqui se instalou o caos", finaliza.

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