Após plano de resgate, Paraguai isola traficante que mandava droga por MS
O narcotraficante carioca Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o “Marcelo Piloto”, um dos principais chefes da facção carioca Comando Vermelho, foi transferido para a sede da Agrupación Especializada, um grupo de lite da Polícia Nacional do Paraguai. O quartel fica em Assunção, capital do Paraguai.
Jarvis Gimenes Pavão, outro famoso traficante brasileiro, passou um ano e meio na unidade para onde Piloto foi levado até ser extraditado para o Brasil, no dia 27 de dezembro do ano passado. Pavão está recolhido no presídio federal de Mossoró (RN).
Marcelo Piloto foi preso no dia 13 de dezembro do ano passado em Encarnación, cidade perto da fronteira com a Argentina e nas margens do Rio Paraná, onde havia se refugiado após fugir da polícia carioca.
Ele contou aos policiais brasileiros que participaram da operação com agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e a DEA, agência antidrogas dos Estados Unidos, que usava Mato Grosso do Sul como rota para carregamentos de drogas e armas enviados do Paraguai para as favelas do Rio de Janeiro.
O suposto plano de resgate de Piloto foi descoberto no início deste mês após a prisão e dois bandidos no município de Seropédica, região metropolitana do Rio, quando viajavam de ônibus para Foz do Iguaçu (PR), por onde eles pretendiam entrar no Paraguai. Os detalhes do plano não foram divulgados, mas o caso é investigado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais do Rio.
Alertado pela polícia carioca, o Ministério da Justiça do Paraguai determinou a transferência de Marcelo Piloto da Penitenciária Regional de Emboscada, na região metropolitana de Assunção, para a sede da Agrupación Especializada.