Após três anos de crise, Cassems e clínica particular assumem oncologia
Prefeitura já homologou licitação e Hospital Evangélico deixa serviço no dia 13 de julho; novos pacientes já são atendidos em clínica
Começou hoje (23) a transição do serviço de oncologia do Hospital Evangélico para o Centro de Tratamento de Câncer de Dourados e pra o Hospital da Cassems. Há pelo menos 15 anos o tratamento de pacientes com câncer era feito no Evangélico, mas a crise financeira da instituição afetou a prestação do serviço.
A segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul oferece tratamento de câncer através do SUS (Sistema Único de Saúde) a moradores de 32 municípios da região. Entretanto, nos últimos anos o serviço chegou a ser interrompido devido à dívida que o Evangélico acumulou com prestadores de serviços.
No ano passado a Justiça determinou que a prefeitura fizesse uma licitação para contratar novos prestadores do serviço. Nesta semana o município homologou o processo que teve como vencedores o CTCD e o Hospital da Cassems.
Ao Campo Grande News, o secretário de Saúde de Dourados, Renato Vidigal, disse que a partir desta sexta-feira os novos pacientes diagnosticados com câncer passam a ser atendidos no CTCD, que usa o nome fantasia de Hospital do Câncer.
Os pacientes que já fazem tratamento no Evangélico vão continuar sendo atendidos nesse local até o dia 13 de julho. No dia seguinte começa o novo contrato, com o CTCD e o Hospital da Cassems.
Vidigal explicou que a suspensão por parte dos médicos do Evangélico, informada através de carta enviada à prefeitura, só vai acontecer a partir de 14 de julho. “Até lá os pacientes já em tratamento continuam sendo atendidos no Evangélico”, explicou.
“Nós seguimos com a licitação como determinou a Justiça e o Evangélico não foi vencedor. A partir de 14 de julho, os serviços de quimioterapia e radioterapia serão assumidos pelo CTCD e a parte cirúrgica fica com o Hospital da Cassems”, informou o secretário.
Segundo ele, os detalhes foram definidos em uma reunião ontem entre a prefeitura, os novos prestadores de serviço e o Ministério Público. “Nossa expectativa é que o atendimento melhore a partir dessas mudanças”.
