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Interior

Assassino de 6 familiares em incêndio é condenado a 135 anos de prisão

No dia do crime, Edson ficou conhecido por ser o único sobrevivente e declarou à imprensa não ter palavras para expressar sua dor

Aline dos Santos | 02/09/2017 09:00
Edson, de camiseta vermelha, confessou chacina após reviravolta.   (Foto: Marciel Arruda/Dourados Agora)
Edson, de camiseta vermelha, confessou chacina após reviravolta. (Foto: Marciel Arruda/Dourados Agora)

Em julgamento que durou 14 horas, o mecânico Edson da Silva foi condenado a 135 anos de prisão em regime fechado pela chacina de seis familiares. O crime foi em 2 de maio de 2014, no Centro de Coronel Sapucaia.

As vítimas foram Rosângela dos Santos Arantes, 50 anos (sogra); Vanusa dos Santos Arantes,26 anos (esposa); Alessandro dos Santos Jeronimo, 18 anos (cunhado); Tiago Geronimo dos Santos, 10 anos (enteado); Sabrina dos Santos Silva, 4 anos (enteada); e Estephanie dos Santos Silva, 10 meses (filha).

Conforme a denúncia, Edson golpeou as vitimas com uma viga de madeira, causando lesões que as mantiveram desacordadas, tornando impossível a defesa. Em seguida, provocou o incêndio que ocasionou a morte das vítimas por asfixia.

O julgamento foi realizado no Tribunal do Júri de Amambai e presidido pelo juiz Pedro Henrique Freitas de Paula.

Segundo a assessoria do MPE (Ministério Público Estadual), os promotores Luiz Eduardo Sant’Anna Pinheiro e Adriano Barrozo relataram motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de meio cruel. O defensor público Daniel de Oliveira Falleiros Calemes pediu a absolvição do réu e afastamento da qualificadora de motivo torpe.

No dia do incêndio, Edson da Silva ficou conhecido por ser o único sobrevivente e declarou à imprensa não ter palavras para expressar sua dor. Depois, lançou suspeitas sobre o cunhado morto, que teria problemas de relacionamento com a família. A reviravolta veio em 10 de junho, quando foi preso após confessar o crime.

Conforme consta nos autos, Vanusa confessou uma traição e que a filha era de outro homem. Numa relação conturbada, a mulher, antes de sua morte, havia registrado seis ocorrências contra o companheiro.

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